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Encontro Internacional Pensar o futuro
Assista ao encontro completo:
Nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2017, o Centro de Pesquisa e Formação realizou seu 5º Encontro Internacional, que se dedicou ao tema “Pensar o futuro: as histórias que tecemos e as histórias que queremos”.
O Encontro reuniu pensadores, pesquisadores e profissionais atuantes nos temas fundamentais que emergem do tempo contemporâneo e de um panorama de incertezas, composto por múltiplas possibilidades e temporalidades. Trata-se da reflexão sobre questões contundentes que surgem da realidade presente e se afastam de uma noção de futuro seguro e sem perspectivas claras sobre o porvir.
As possibilidades oriundas de novos campos de conhecimento como a biotecnologia e a inteligência artificial trouxeram novos referenciais que desestabilizam a estrutura social, econômica e cultural, gerando formas de vida humana, experiências e concepções diversas das que a humanidade conheceu até o presente.
O tempo acelerado das redes virtuais e do capitalismo globalizado remodela e, em alguns casos, reformula radicalmente as instituições, as organizações e modos de produção da vida material e existencial, reverberando de maneira decisiva no universo do trabalho e nas noções de conhecimento, comportamento e sociabilidade.
As temporalidades das tecnologias da informação e comunicação produzem sentidos e percepções originais de um mundo maquínico e para além do humano, onde as categorias analíticas da modernidade não são mais suficientes para interpretar a realidade e suas diversas narrativas.
As desestruturações das formas consagradas de participação política e de representação institucionais e partidárias, somadas às crises do capitalismo e da ameaça do esgotamento dos recursos ambientais básicos, têm como consequência visível a diluição das utopias coletivas e o rompimento do elo entre o passado, o presente e o futuro.
Com a crise do Estado-nação, apresenta-se como emergencial encontrar meios de organização em sociedades multinacionais e multiétnicas, garantindo a coexistência pacífica e evitando as tragédias associadas aos conflitos nacionalistas.
Simultaneamente, em meio a esse conjunto de tensões, por um lado as potencialidades críticas e criativas que emergem dos campos da arte e da cultura podem expressar certo mal estar da humanidade; por outro, ao manifestar de forma peculiar e sensível leituras e modos de compreender o mundo, proporcionam múltiplas formas de imaginação e intervenção social, apresentando-se como uma forma potente de reinvenção da vida contemporânea e de construção de novas utopias.
Com a intenção de criar um espaço de reflexão sobre questões fundamentais da contemporaneidade, esse Encontro compôs seu quadro de discussões a partir de eixos conceituais, propostos nas seguintes perguntas:
• Como vivermos juntos no século XXI?
• Para onde a aceleração da vida atual nos leva? O que vem depois da velocidade do tempo pós-moderno?
• Qual o futuro do homo economicus? Como produzir uma ética e moral para além do paradigma do desenvolvimento econômico?
• Depois das vanguardas artísticas ainda restam utopias?
• Quais são os caminhos para a construção de uma ordem cosmopolita?
• Como pensar as questões ambientais integradas a produção da vida na contemporaneidade, sendo que a maior parte da população mundial vive nas cidades?