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Notas da programação
Memória em vinil
NOVA SÉRIE DIGITAL CONTA A HISTÓRIA DE DISCOS ICÔNICOS DA MÚSICA BRASILEIRA
Poesia em letras e melodia giravam em rotações por minuto na vitrola de milhões de brasileiros até meados da década de 1990, quando os CDs passaram a vender mais que os LPs. Até então, o público ansiava pelo disco e também pela capa, outra arte concebida por designers e ilustradores. Hoje, raridade pertencente a colecionadores, sebos e discotecas (a exemplo da Discoteca Oneyda Alvarenga, no Centro Cultural São Paulo), álbuns icônicos da música brasileira têm suas histórias contadas pela nova série digital do Sesc São Paulo: Muito Prazer, Meu Primeiro Disco.
“Esse projeto é uma oportunidade de refletirmos sobre a nossa produção artística a partir da leitura atenta e cuidadosa de discos de estreia fundamentais que inscreveram marcas definitivas na música. Pelo olhar crítico de quem observa, mas também pela investida retrospectiva de quem visita a própria criação, cada edição desenha um arco sobre a canção brasileira e ajuda a contar nossa história”, explica Sarah Degelo, assistente de Música do Sesc Pinheiros.
O projeto lança luz sobre os discos de início da carreira de artistas convidados, caso de Gilberto Gil, que no primeiro programa falou sobre seu álbum de estreia: Louvação (1967). Mensalmente, em cada episódio, o convidado compartilha o processo de criação e produção do álbum, faixa a faixa, bem como memórias afetivas. A série foi idealizada pelo jornalista e escritor Lucas Nobile, também curador do projeto, ao lado do musicólogo e jornalista Zuza Homem de Mello, que morreu no dia 4 de outubro.
“Zuza Homem de Mello é certamente personagem central nesse contexto. Em toda a sua obra, construiu um pensamento comprometido com a música e sua história. Pouco antes de nos deixar, assinou a curadoria deste projeto ao lado de Lucas Nobile e afirmou, uma vez mais, a inequívoca contribuição de seu legado. Somos gratos ao tempo por nos ter permitido esse encontro valioso”, acrescenta Sarah Degelo.
Em novembro, Muito Prazer, Meu Primeiro Disco recebe Chico Buarque. A série está disponível nas redes sociais do Sesc São Paulo, no canal do YouTube do Sesc Pinheiros e na plataforma do Sesc Digital.
EXISTÊNCIA + RESISTÊNCIA
No mês de encerramento da programação Do 13 ao 20 (Re) Existência do Povo Negro, o destaque fica por conta do encontro (Re)Existência do Povo Negro – Cura e Celebração, com Ebomi Cici, liderança religiosa de matriz africana e uma das mais importantes contadoras de história da cultura afro-brasileira no país; Erica Malunguinho, educadora e política; e Renato Renato Noguera, filósofo e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O bate-papo realizado pelo Sesc Ideias será transmitido no dia 5/11, às 16h, no canal do YouTube do Sesc São Paulo. A atividade faz parte da segunda edição dessa ação em rede, que tem como objetivo fomentar reflexões e produções artísticas e culturais negras. Saiba mais: www.sescsp.org.br/programacao/189681_DO+13+AO+20+REEXISTENCIA+DO+POVO+NEGRO
Foto: Mariana Souto
PRÊMIO DE ARQUITETURA
O Sesc 24 de Maio recebeu o prêmio International Urban Project Award IUPA 2020, no dia 30 de outubro. Com projeto de Paulo Mendes da Rocha e do escritório MMBB Arquitetos, a unidade é reconhecida pelo seu desenho e pela importância de sua atuação no Centro da capital paulista. Em sua segunda edição, o prêmio é uma iniciativa das revistas Bauwelt, de Berlim, e da World Architecture WA, de Pequim.
ESTREIAS NO SESCTV
Poesia e artes visuais dão o tom às estreias de novembro do SescTV. Exibido a partir do dia 14/11, às 22h, o documentário Maria Não Esqueça Que Eu Venho dos Trópicos (2017), de Francisco C. Martins e Elisa Gomes, conta a trajetória da artista mineira Maria Martins (1894-1973), a primeira escultora brasileira a tratar da sexualidade a partir da perspectiva feminina. E no dia 27/11, às 23h, o longa-metragem Cruz e Sousa – Poeta do Desterro (1998), de Sylvio Back, costura vida e obra desse grande nome da poesia simbolista brasileira que expôs sua luta pelos povos negros. Confira a programação: www.sesctv.org.br.
Foto: Liligo Produções
FESTIVAL MIX EM CASA
Além dos filmes selecionados pela curadoria do CineSesc, na série Cinema #EmCasaComSesc, o Sesc Digital exibe em novembro alguns dos títulos que fazem parte da 28ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade. Na programação, destaque para as produções brasileiras Meu Nome É Bagdá (2019), de Caru Alves de Souza, e Para Onde Voam as Feiticeiras (2020), de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral. Realizado há mais de duas décadas, o festival Mix Brasil propõe reflexões sobre sociedade, gênero e direitos. Confira: www.sescsp.org.br/festivalmixbrasil (os filmes ficam por tempo determinado na plataforma do Sesc).
Divulgação
TREINO COM CAMPEÕES
De maneira lúdica e estimulante, a série Esporte #EmCasaComSesc mostra o dia a dia de preparo físico de atletas brasileiros, também convidados a compartilhar um treino elaborado em parceria com educadores de atividades físicas do Sesc São Paulo. Transmitida todo domingo, às 11h, a série convida iniciantes e praticantes a experimentar uma nova rotina de exercícios. Em novembro, participam as jogadoras de vôlei de praia Bárbara Seixas e Carol Horta (1º/11), a jogadora de futebol Alessandrinha (8/11), o corredor André Domingos (15/11), o nadador paralímpico Daniel Dias (22/11) e a skatista Pâmela Rosa (29/11). Acesse a programação no YouTube do Sesc São Paulo ou no Instagram do Sesc Ao Vivo.
PAPEL SOCIAL DA ARTE
Neste mês, dois webdocs da atividade Teatro e Ação Social serão exibidos no canal do YouTube do Sesc São Paulo. Filmados pelo coletivo audiovisual TEIA Documenta, as produções trazem grupos teatrais contando como formaram suas sedes e de que modo suas criações valorizam a função social da arte e do teatro. No primeiro episódio, dia 10/11, o ator Marcos Felipe, da Cia. Mungunzá, junta-se a representantes do coletivo Tem Sentimento, ONG Mulheres da Luz e da Casa do Povo para falar sobre o projeto independente Vizinhança Unida.
TEIA Documenta / Imagem do Coletivo Tem Sentimento
Com agendamento prévio pela internet, unidades do Sesc passam a receber visitas presenciais a suas exposições. No Pompeia, o visitante pode ver as mostras FARSA. Língua, Fratura, Ficção: Brasil-Portugal e Kader Attia – Irreparáveis Reparos (foto). No final do mês, o 24 de Maio abre a exposição Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira, e Piracicaba, a 15ª edição da Bienal Naïfs do Brasil.
Foto: Dih Lemos