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Corpos em expansão
COREÓGRAFOS E BAILARINOS ESTABELECEM NOVOS DIÁLOGOS
DE EXPRESSÃO VOLTADOS PARA A EXIBIÇÃO NAS TELAS
A primeira impressão é a de que a dança precisou se contrair para caber nas telas, dada a necessidade de restrição social e de fechamento de salas e teatros na pandemia. No entanto, essa expressão artística se expandiu. Neste último ano, artistas de diferentes vertentes dessa linguagem vêm buscando novos vocabulários no ambiente virtual. Durante parte de 2020, uma das curadoras das ações formativas da Bienal Sesc de Dança 2019, Luciane Ramos-Silva, foi uma observadora crítica das danças feitas na tela. Já o coreógrafo e bailarino Alejandro Ahmed, diretor do Cena 11 Cia. de Dança, aprofundou a investigação do grupo catarinense sobre os recursos tecnológicos e a ideia de presença em novos trabalhos.
“Para além das precariedades, como observadora, percebi um movimento interessante na comunicação entre corpo e tela, no qual o profissional da dança tomou a dianteira do falar cênico, potencializando seu movimento e seu discurso, numa ginga, ora frágil, ora potente, com as tecnologias”, conta Luciane. “Não havia ali um profissional do vídeo sempre perto. O discurso era construído totalmente pelo artista da dança”, complementa a artista, que apresentou Gabinete de Curiosidades na programação Dança #EmCasaComSesc, transmitido pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo.
Reprodução
Além de se dedicar à dança, a artista é antropóloga e educadora, o que confere ao seu trabalho artístico uma transdisciplinaridade e análise crítica. Dessa forma, seu olhar reserva ponderações quanto às manifestações dessa linguagem fora da cena mainstream. “No início da pandemia, artistas das danças não hegemônicas estavam lutando pela sobrevivência e não pela presença nas telas”, pondera. Até que a partir da Lei Aldir Blanc [Lei 14.017, de 2020, criada por iniciativa do Congresso para socorrer, nos moldes do auxílio emergencial, o setor da cultura atingido pela pandemia da Covid-19] muitos desses artistas puderam se voltar para criações online. O que também promoveu a evidência de grupos de dança em seus territórios. “Vi danças em conjuntos habitacionais, em territórios das periferias – uma cena que é dificilmente visitada pelos olhos legitimados de dança”, destaca.
Esse foi o caso da Escola Livre de Dança da Maré, na Favela da Maré, Zona Norte da capital fluminense. Ação que é fruto de uma parceria da organização Redes de Desenvolvimento da Maré e da coreógrafa e bailarina paulistana Lia Rodrigues, supervisora artística da iniciativa, essa escola passou a oferecer aulas gratuitas em plataformas de videochamadas, principalmente para moradores de comunidades próximas. Além das aulas online, a Escola Livre de Dança da Maré já realizou dois projetos online: um com a coreógrafa Cristina Moura e outro com o Instituto Moreira Salles.
“Uma coisa incrível que aconteceu nesta pandemia, com aulas virtuais e lives, é que as pessoas estão inventando jeitos de existir. E isso é muito importante. Espero que essas formas não se oponham a uma aula ou a um encontro ao vivo. Acho que as coisas podem coexistir. É um mundo onde a gente vai ter que aprender a viver e a conviver. Todos estão correndo atrás de inventar jeitos de sobreviver, de mostrar seus trabalhos”, disse Lia Rodrigues (leia Encontros com a artista na Revista E nº 287, de setembro de 2020).
De volta ao Rio de Janeiro no mês passado, a bailarina e coreógrafa, que residia na Holanda, conta que a Lia Rodrigues Companhia de Dança também realizou, em 2020, encontros online e “algumas atividades em torno do repertório que iríamos mostrar ano passado e que estão sendo transformadas em videodocumentários a serem lançados no Hau Theatre de Berlim”. Sem previsão de interação com plateia, Lia acredita que outros meios vão criar outras formas de relação.
Cena de Corpus – Alma e Esperança, parceria e concepção da São Paulo Companhia de Dança (SPCD) e do Balé da Cidade de São Paulo (BCSP). Realizada na pandemia, a coreografia foi filmada do ambiente doméstico de cada um dos bailarinos: Daniel Reca (SPCD), Fernanda Bueno (BCSP) e Luan Barcelos (SPCD), nessa ordem (da esquerda para a direita) | Rerprodução
Novas configurações
Ao compreender a tecnologia como extensão e expansão do corpo, o grupo Cena 11 Cia. de Dança, criado e radicado em Florianópolis (SC), estava ensaiando o espetáculo Matéria Escura logo no começo da pandemia, com estreia prevista para 24 de abril, na Alemanha. “Aí, no dia 16 de março, quando se deu a necessidade de isolamento social, a gente buscou alternativas para dar continuidade aos ensaios. Fomos atrás de ferramentas e foi apresentada a plataforma Zoom. A gente, então, começou a se aprofundar nessa viabilidade de estar junto e de continuar diariamente ensaiando sem saber se isso ia durar muito tempo”, recorda Alejandro Ahmed, diretor artístico da companhia.
Depois desse primeiro momento, o bailarino e coreógrafo conta que o grupo foi se dando conta de que esse novo modo de existência não seria por tão curto prazo. “Com isso a gente começou a trazer de alguma forma os trabalhos que a gente já tinha para o Matéria Escura, em vídeo, pensar esse modo de presença também por meio do vídeo, mas tudo isso foi viável pelo nosso modo de pensar a tecnologia, de pensar o corpo. Ou seja, a tecnologia como extensão do corpo”, explica.
Nesse novo “ecossistema”, como denomina Alejandro, o grupo precisou viabilizar não só os ensaios, como também considerar as telas como um corpo expandido. “Ao mesmo tempo, algumas questões começaram a surgir. A primeira delas é que a gente não queria trabalhar com uma ideia de videodança, ou fazer da casa só um palco e com isso tornar o nosso modo de criação por meio do movimento apenas um stand by para voltar a uma ideia anterior da presença, ou voltar para um teatro ou para uma sala”.
Sendo assim, uma saída encontrada pelo grupo foi praticar essas relações via telepresença – referindo-se às plataformas de videochamadas –, partindo do pressuposto de que o corpo não seria o foco central da casa, nem a casa seria apenas um palco. “A casa também é um corpo; meu corpo é um corpo que dança com o corpo da casa; o corpo da casa também é meu corpo, e o corpo da tela também é meu corpo. Dessa forma, a gente buscou entender como seria ‘publicar isso’, ou seja, levar isso para fora. Como as pessoas acessariam esse lugar que a gente estava começando a pensar”, diz Alejandro, que apresentou o solo Fragilidade Fundante, do espaço onde mora em Florianópolis, no Dança #EmCasaComSesc, transmitido pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo.
Em sua casa na cidade de Florianópolis (SC), o bailarino e coreógrafo Alejandro Ahmed, diretor do grupo Cena 11 Cia. de Dança, apresenta o solo inédito Fragilidade Fundante em live da programação Dança #EmCasaComSesc | Reprodução
Outra presença
A interação física entre bailarinos e bailarinas, algo presente na gramática da dança, também foi compensada por outros aspectos do trabalho de grupos artísticos, segundo Luciane Ramos-Silva. “Considero que as linguagens e contextos de dança com os quais me relaciono, profundamente enraizados no coletivo, no comum, de alguma forma trouxeram um pulso de vida fundamental que amenizou essa falta de interação literal entre os corpos”, analisa.
Da experiência como professora, Luciane ressalta a importância do cuidado de uns com os outros. “O afeto trocado em nossos encontros semanais (de março de 2020 a janeiro de 2021), o engajamento de anseios, o exercício de ‘descorporificar’ a opressão, ou lidar com traumas e perdas, foram cruciais para a resistência da comunidade de dança da qual faço parte. Isso também nos mantinha fortes para os encontros online. Diante da brutalidade do que vivemos, tentamos reconstituir o comum com o corpo e isso nos ajuda a continuar nos movendo (e respirando)”, complementa.
Sobre as interações entre os corpos, o diretor artístico do Cena 11 destaca outros modos de estar junto, “sensória e psicologicamente”, que precisam ser explorados quando de alguma forma há restrições de ambiente como as atuais. “Acredito que quando você realmente não pode fazer algo por alguma restrição, qualquer que seja, o corpo vai encontrando maneiras de entender não como solucionar o problema, mas como estar vivo dentro dessa questão. É bem darwinista nesse sentido”, analisa.
Quanto à ideia de plateia, segundo Alejandro, nesse sistema novo é preciso, primeiro entender que a dança não tem a ver só com vídeo, nem só com o cinema, mas com uma mistura de suportes como a telechamada e até mesmo uma mensagem no Instagram. “Ferramentas que nos mantêm socialmente plugados de alguma forma e que fazem parte da nossa invenção dramatúrgica”, explica. Para o bailarino e coreógrafo, há um esforço a fim de estabelecer um diálogo com os espectadores: “Para poder criar condições de a gente chegar até a plateia e de a plateia também chegar até a gente de algum modo correlato às ações presenciais, mas nunca numa nostalgia da presença”.
Uma coisa é certa sobre esse período de intensas experimentações: ele deixará marcas. De acordo com a diretora da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa, “tempos desafiadores nos provocam a pensar em novos modos de existência”.
Bogéa, que também é autora de Caminhos Cruzados: Teatro de Dança Galpão 1974-1981 (Edições Sesc São Paulo), acredita que a união do audiovisual com as plataformas digitais contribuiu para potencializar atividades como intercâmbios artísticos, apresentações e atividades educativas a distância. “Tudo isso deu origem a várias produções que buscam despertar a sensibilidade de quem está do outro lado da tela e provam que a dança é uma linguagem múltipla, capaz de ocupar os mais diferentes espaços com criatividade e inventividade”, comenta. “O objetivo é sempre o mesmo: continuar a tocar o público. Essas experiências, criações e apresentações continuarão a fazer parte da vida da São Paulo Companhia de Dança mesmo após a pandemia. O que criamos agora é reflexo deste tempo em que vivemos e permanecerá vivo no corpo, na memória e na nossa vida”, acrescenta.
Dançar conforme a música
NO COMPASSO DO ATUAL CONTEXTO, TEATROS E GRUPOS REALIZAM AÇÕES DE DANÇA NA REDE
De portas fechadas, os teatros tiveram de pensar em estratégias para manter e alcançar novos públicos no cenário digital. O mesmo aconteceu para os grupos de dança. No começo da pandemia, a primeira iniciativa foi a de disponibilizar em plataformas de vídeo algumas apresentações já gravadas. Também houve a transmissão de espetáculos, alguns realizados no palco de teatros, outros, de curta duração, filmados em casa.
Em ambos os casos, os conteúdos foram disponibilizados em redes sociais, a exemplo de uma ação do IT Dansa, grupo de jovens bailarinos do Instituto de Teatro de Barcelona. Cada bailarino gravou de sua casa o mesmo trecho da coreografia Whim Fractured Fairytale, do sueco Alexander Ekman, postada no Instagram. O resultado foi editado de forma que o público assistisse ao grupo dançar junto. E quando houve brechas de possibilidade para encontros presenciais em pequeno número, companhias de dança subiram ao palco, considerando todas as medidas e cuidados necessários, e apresentaram novos trabalhos. Dessa forma, obras foram transmitidas online e registradas em vídeo. Confira algumas iniciativas de difusão da dança no ambiente virtual:
Coreografia Whim Fractured Fairytale, do sueco Alexander Ekman, postada no Instagram | Reprodução
Portal MUD
Portal que incentiva e divulga ações do cenário da dança no Brasil, voltado para a publicação de notícias, eventos, aulas, debates, oficinas, exposições virtuais e um acervo de histórias e memórias desta expressão artística. Criada pelas gestoras culturais Natália Gresenberg e Talita Bretas, a plataforma é membro do Conselho Internacional da Dança (CID), parceiro oficial da Unesco desde 1975 e reconhecido como organização não governamental que representa todas as formas de dança mundialmente. Conheça: portalmud.com.br/portal/.
Grupo Corpo
Foi um dos primeiros grupos a criar e disponibilizar na rede oficinas de dança gratuitas no começo da pandemia. Renomada companhia de dança contemporânea, o Grupo Corpo encontrou nesse formato online um meio de se aproximar do público e de difundir uma vasta obra criada ao longo de 45 anos de trajetória. Os workshops, que acontecem periodicamente, são uma oportunidade para que bailarinos e “não bailarinos” de todas as idades dancem e brinquem com os movimentos de famosas coreografias do grupo mineiro fundado por Paulo Pederneiras, diretor artístico do grupo. Saiba mais: grupocorpo.com.br.
Espetáculo GIL | Foto: José Luiz Pederneiras
Festival Vai Dar VideoDança
Plataforma dedicada à difusão e criação em dança e audiovisual, além de festival gratuito e popular dedicado a conectar pessoas por meio da combinação entre dança e audiovisual. Criada pelo jornalista Allan Diniz e pela bailarina e pesquisadora Dayana Ferreira neste contexto de isolamento social, a plataforma reúne um acervo online. São trabalhos de diversos países, sendo mais de 40 vídeos de Dança com duração de até 3 minutos na categoria Fica Em Casa, e 18 vídeos na categoria Cine Dança. Conheça: videodancaceara.wixsite.com/festival.
Theatro Municipal de São Paulo
Em maio de 2020, o Theatro Municipal de São Paulo levou para o ambiente virtual registros em vídeo de apresentações do Balé da Cidade. Entre algumas apresentações transmitidas pelo canal do YouTube da instituição, o espetáculo A Sagração da Primavera, coreografia de Ismael Ivo (1955-2021) esteve disponível gratuitamente ao público por alguns meses. Já neste ano, o Balé da Cidade abriu a temporada de 2021 em fevereiro com dois novos trabalhos: A Casa, coreografia de Marisa Bucoff, e Transe, de Clébio Oliveira. Ambos foram apresentados no palco do Municipal para um público presencial reduzido e transmitidos online gratuitamente. No momento, é possível assistir ao espetáculo A Biblioteca de Babel (foto), coreografia de Ismael Ivo, baseado no conto homônimo de Jorge Luis Borges, gravado em 2019, no canal do YouTube do Theatro Municipal. Assista: www.youtube.com/watch?v=qimtUHWyB5w.
Fabiana Stig
Pluralidade em cena
APRESENTAÇÕES, CURSOS, DEBATES E OUTRAS ATIVIDADES CONVIDAM O PÚBLICO À FRUIÇÃO E À REFLEXÃO NO AMBIENTE VIRTUAL
Enquanto as unidades do Sesc São Paulo permanecem parcialmente fechadas a fim de evitar a propagação do novo coronavírus, um conjunto de iniciativas garante a continuidade de sua ação sociocultural nas diversas áreas em que atua. No caso da Dança, o público pode acompanhar pelos canais digitais e pelas redes sociais uma programação que dá ênfase à pluralidade de vertentes, pesquisas e corpos. São apresentações artísticas, cursos, oficinas, residências, debates, bate-papos e outras atividades. Ações que levam em consideração as possibilidades de reflexão dessa linguagem artística como forma de promover, de maneira permanente, a inovação de formatos e de temas.
No canal do YouTube do Sesc São Paulo, a programação Dança #EmCasaComSesc reúne mais de 40 trabalhos, a maioria inéditos, apresentados por grupos e bailarinos de diversas partes do Brasil. Já na plataforma Sesc Digital, espetáculos, cursos, publicações e outros materiais compõem um acervo para fruição e pesquisa.
Tendo o ambiente digital como espaço possível para os encontros, o Sesc buscou criar um ambiente seguro, acolhedor e afetuoso para o encontro entre as artes, os artistas e os públicos, segundo Rosana Paulo da Cunha, gerente da Gerência de Ação Cultural do Sesc São Paulo. “Pautados na busca pela diversidade de pesquisas e vertentes, nossas equipes trouxeram artistas que, procurando novas formas do fazer, abriram suas casas, expuseram seus trabalhos e criaram novas experimentações e conexões, aceitando compartilhar os desafios de se reinventar neste período”, complementa.
Confira alguns destaques da programação de Dança disponíveis na plataforma Sesc Digital, no SescTV e também no canal do Sesc São Paulo no YouTube nas plataformas digitais do Sesc São Paulo:
DANÇA #EMCASACOMSESC
Casa Tomada
Alternando espaços do apartamento, o consagrado bailarino e coreógrafo argentino Luis Arrieta (foto), ex-diretor artístico do Balé da Cidade de São Paulo, usa o espaço onde vive para conduzir um enredo de lembranças e nostalgia em Casa Tomada. Residente na capital paulista desde os anos 1970, Arrieta já recebeu diversas premiações. Entre elas, o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, em cinco oportunidades (1977, 1979, 1980, 1988 e 2012).
Reprodução
Mascarado
Ägô Pra Falar,
Ägô Pra Dançar,
Ägô Pra Existir
Diretora, coreógrafa e intérprete, Cristina Moura (foto) apresenta essa nova coreografia, inspirada em seu solo Ägô (2019). Neste trabalho, a artista expressa as ambiguidades e possibilidades de um corpo feminino negro dançante. Transitando entre ancestralidade e contemporaneidade, beleza e feiura, fragilidade e força, Moura parte de vivências, inquietações e textos de pensadores como Achille Mbembe, Grada Kilomba, Angela Davis e Franz Fanon. Assista aqui.
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SÉRIE
Enquanto Dormem os Teatros
Composta por oito vídeos, esta série realizada pelo Sesc Pinheiros, nos meses de agosto a novembro de 2020, compartilha pensamentos e trabalhos de profissionais da dança de diversas vertentes durante a quarentena. São reflexões sobre como o isolamento social e a pandemia reverberam na dança. Os vídeos foram filmados pelos próprios artistas em suas casas e com seus equipamentos e dispositivos pessoais. O diretor de cinema Diego Lajst assina a cocriação dos materiais. Participam da série Enquanto Dormem os Teatros a dupla Mauricio Flórez e Gustavo Miranda, Maria Eugenia Tita, Diogo Granato, Ricardo Januário, Luciane Ramos-Silva, Tieta Macau, Davi Pontes, e Zaila B. Assista aos vídeos no canal do YouTube do Sesc Pinheiros.
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Corpos de Passagem
Na pandemia, o Grua – Gentlemen de Rua (foto), que há mais de dez anos investiga o encontro entre a dança e os espaços públicos, criou uma coreografia para quatro paredes. Dirigido por Jorge Garcia, Willy Helm e Osmar Zampieri, o coletivo levanta vários questionamentos em Corpos de Passagem. Entre eles, quais modificações a experiência online vem promovendo no corpo e o que estamos comunicando. A apresentação foi realizada no Sesc Avenida Paulista, sem a presença do público no local e seguindo as medidas de segurança estipuladas pelo Plano São Paulo no combate à pandemia. Assista: www.youtube.com/sescsp.
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