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Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico

De autoria do escultor ítalo-brasileiro Ottone Zorlini (1891-1967), foi inaugurado em 1929 o Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico – uma homenagem aos aviadores italianos Francesco Di Pinedo e Carlo Del Prete, pioneiros na travessia do Atlântico Sul, e ao brasileiro João Ribeiro de Barros, que realizou a mesma façanha em 1927, a bordo do hidroavião Jahú.

No pedestal do monumento, encontra-se uma coluna com capitel em estilo jônico, retirada de uma construção milenar do Monte Capitolino, em Roma, na Itália, e enviada a São Paulo pelo primeiro-ministro italiano na época, Benito Mussolini, em comemoração ao feito dos compatriotas. No topo, uma escultura de bronze, chamada de Vitória Alada, aponta para o oceano, numa referência ao mito grego de Ícaro – jovem que sonhou em deixar a ilha de Creta voando sobre o Mar Mediterrâneo. Na face frontal do pedestal, estrelas de bronze compõem a constelação do Cruzeiro do Sul. Nas laterais, encontram-se a esfera celeste e a inscrição Ordem e Progresso, frase da bandeira brasileira, e o símbolo de Roma: uma loba alimentando os irmãos Rômulo e Remo.
O monumento, que possui cerca de nove metros de altura, foi erguido às margens da represa de Guarapiranga, no então município de Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, onde os pilotos italianos pousaram, após percorrer a costa brasileira.
Em 1987, o prefeito Jânio Quadros determinou que a obra fosse movida para a praça Nossa Senhora do Brasil, no Jardim América, Zona Oeste da capital, onde permaneceu até 2009. Em 2010, no entanto, após passar por restauro, o monumento retornou ao seu local de origem.


VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Exposição O Coração da Cidade, no Instituto Tomie Ohtake

Em cartaz até 3 de julho, a exposição O Coração da Cidade – A Invenção do Espaço de Convivência, reúne 115 projetos, 45 basilares e 70 referenciais (em fotos) – além de maquetes, desenhos originais, projeções, reproduções e plantas. O curador, Julio Katinsky, arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), dividiu a mostra em seis eixos: Praça Verde, Prédio sobre a Praça, Grandes Vazios, Minicidades, Praça Cívica e Grandes Coberturas.

O primeiro traz projetos que reforçam a convivência – como a Marquise do Ibirapuera, de Oscar Niemeyer; no segundo, estão as construções generosas com a cidade, como o Conjunto Nacional, de David Libenskind, e o Museu de Arte de São Paulo (Masp), de Lina Bo Bardi. Representando os Grandes Vazios aparecem obras como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, de Paulo Mendes da Rocha, e o próprio Instituto Tomie Ohtake, de Ruy Ohtake; enquanto as Minicidades se referem a locais que acentuam o uso coletivo, como o Sesc Pompeia, também de Lina Bo Bardi. O módulo Praça Cívica reúne construções que servem de palco para manifestações populares, como o Polo de Heliópolis, de Ruy Ohtake. Completando a exposição, estão as Grandes Coberturas, entre elas a Estação de Trem Largo Treze, de João Walter Toscano.

O Instituto Tomie Ohtake fica na avenida Faria Lima, 201, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. A entrada da mostra é pela lateral do prédio, rua Coropés, 88. A visitação é de terça a domingo, das 11h às 20h. Mais informações pelo telefone (11) 2245 1900. A entrada é franca.