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Forró For All: Sesc Itaquera homenageia o gênero com programação especial
Arrasta-Pé, Bate-Chinela, Fobó
Típico da região do nordeste do Brasil, o forró é associado a uma festa onde se dança e se toca uma sequência de ritmos nordestinos, como baião, a quadrilha, o xaxado e o xote. Esses ritmos são executados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão, que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo.
O forró também é conhecido como arrasta-pé, bate-chinela, fobó.
Ilustração: divulgação.
Foi após a popularização do termo, nos anos 1950, que o forró passou a ter também um significado de gênero musical, já que era comum dizer "vamos dançar esse forró?". Dessa forma, o termo pode se referir a qualquer um dos gêneros acima, não fazendo diferença se é um xote ou um baião, por exemplo.
Vem debaixo do barro do chão
“De onde é que vem o baião?” pergunta a música de Gilberto Gil, gravada em 1977 por Gal Costa:
A palavra “forró” tem pelo menos duas origens possíveis:
1) Da expressão inglesa "for all" (para todos)
O termo “For all” era utilizado nos convites para os bailes organizados pelos ingleses instalados em Pernambuco nos anos 1930.
2) Derivação de forrobodó
O termo forrobodó é uma expressão africana que, segundo o historiador Câmara Cascudo, significa "algazarra", "festa para a ralé", "arrasta-pé". Já o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda definiu o "forró" como a contração de "forrobodó".
Pelos caminhos do forró
A partir dos anos 1950, o forró ganhou notoriedade, principalmente através de músicas que faziam alusões aos bailes, como foi o caso de "Forró de Mané Vito", de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, gravada em 1949 pelo Rei do Baião, que registraria ainda "Forró no escuro", também de sua autoria, em 1958.
Jackson do Pandeiro gravou no mesmo ano "Forró em Limoeiro", de Edgar Ferreira.
Nos anos 1970, os bailes de forró tornaram-se uma espécie de resistência para a chamada música brasileira autêntica, recebendo grande afluência de estudantes universitários. Nesse período destacaram-se artistas como Dominguinhos, Anastácia, Abdias, Marinês e sua gente, Trio Nordestino, Genival Lacerda, Clemilda, Zé Gonzaga entre outros.
Nos anos 1990, o forró ressurge com uma série de grupos e artistas do gênero, incorporando novos elementos musicais ligados à música pop. Destacam-se artistas como Frank Aguiar, Mastruz com Leite, Magníficos, Cavalo de Pau, Catuaba com Amendoim, Mel com Terra, Calcinha Preta e outros grupos.
Ainda nessa década, firmou-se uma nova vertente conhecida como "forró universitário", que teve como precursor o Trio Virgulino, primeiro grupo a fazer shows para universitários da USP. Outros nomes desse movimento foram Forroçacana, Circuladô de Fulô, Rastapé, Arriba a Saia e Falamansa. Este último, vendeu cerca de 1 milhão de cópias de seu primeiro disco.
Para a curadoria das atrações do mês do forró, o Sesc Itaquera se pautou pela diversidade, e abriu espaço para as várias "cores e sabores" do forró de São Paulo. Desde o tradicional pé de serra, passando pelas formações mais atuais, com influência do pop, até a mistura da música "caipira" com o ritmo. E para fechar a programação, Alceu Valença, um dos mais representativos nomes da música brasileira.
Fonte: Dicionário Cravo Albin
Programação: Forró For All
Todos os eventos são gratuitos e acontecem no Sesc Itaquera.
Domingo, de 8 a 22/3
Praça de Eventos – às 14h
DANÇA DE SALÃO - FORRÓ, XOTE E BAIÃO
Venha ensaiar seus passos antes dos shows
Próximos shows
Praça de Eventos – às 15h
Domingo, 8/3: LÉO CORRÊA E O TERNO DE PRIMEIRA
Domingo, 15/3: JOÃO ORMOND: TEM VIOLA NO FORRÓ
Domingo, 22/3: BANDA BICHO DE PÉ
Palco Orquestra Mágica – às 15h
Domingo, 29/3: ALCEU VALENÇA SHOW: FORRÓ LUNAR
Veja como foi a apresentação da BANDA RASTAPÉ que abriu a progbramação no domingo (1/3):