Postado em 24/08/2016
Pra você mergulhar nas histórias da cidade e conhecer mais sobre os locais que testemunharam as origens e a expansão de São Paulo, selecionamos 10 curiosidades sobre as atividades do Sesc na Jornada do Patrimônio. Para participar, verifique os procedimentos para inscrição em cada roteiro clicando nos links e boa viagem!
Em 05 de março de 2015, o IPHAN -Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, integrou o Sesc Pompeia como patrimônio cultural nacional por ser considerar seu conjunto um marco na arquitetura brasileira e por seus valores técnicos e estéticos, em especial pelas intervenções em sua estrutura, desenvolvidas por Lina Bo Bardi. Já imaginou conhecer detalhes deste patrimônio por meio de uma narrativa poética e teatral?
Até hoje, na Estrada das Lágrimas, existe a árvore mais antiga de São Paulo. A Figueira das Lágrimas tem esse nome por conta das lágrimas que presenciou no local onde as pessoas se despediam antes de seguir viagem rumo ao litoral.
Como eram proibídos de entrar na igreja Nossa Senhora da Penha de França, na Zona Leste de São Paulo, os negros teriam pedido esmolas nas ruas por cinco anos para, em 1802, erguerem a capela de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Voltada para a periferia, a capela está construída atrás (e de costas) para a Igreja da Penha, e todo ano recebe inúmeros festejos que celebram a cultura afro.
Gregori Warchavchik (1896-1972), arquiteto de origem russa, projetou em 1927 e construiu em 1928 no bairro da Vila Mariana a primeira obra considerada de arquitetura moderna implantada no Brasil. Naquela época, para conseguir a aprovação dos “censores de fachadas” da Prefeitura de São Paulo, Warchavchik teve de apresentar um projeto ligeiramente camuflado com ornatos. Mas, ao começar a construção, alegou falta de recursos para tais acabamentos e assim a casa ficou conforme seu ideal - livre de rebuscamento, estuques e cornijas. Mina Klabin Warchavchik (1896 — 1969), sua esposa, além de prover financeiramente a obra, também colaborou com o projeto paisagístico para o jardim - eventualmente também considerado o primeiro projeto paisagístico moderno do país. Que tal um passeio pela Casa Modernista?
O chamado Centro Novo de São Paulo concentrou grande número de salas de cinema entre as décadas de 1930 e 1950. A maioria delas ficava nas avenidas Ipiranga e São João, sobretudo entre o Largo do Paissandu e a Praça Júlio Mesquita. Cerca de 30 cinemas funcionavam por ali nos anos 1960, fato que tornou a região conhecida como a Cinelândia Paulista. Sabe o que ainda existe desta época de ouro das salas de cinema?
A Capela do Morumbi fazia parte de uma fazenda dedicada ao cultivo de chá, de propriedade do inglês John Rudge. Várias interpretações históricas são atribuídas às ruínas presentes neste local: uns dizem que foi uma capela consagrada a São Sebastião dos Escravos, outros que foi uma capela acompanhada das sepulturas dos proprietários da fazenda, e outros ainda acreditam ainda que são apenas ruínas de um paiol.
A antiga ruína em traipa de Pilão passou por restaurações e reformas e foi aberta à visitação pública na década de 80, quando abrigava pequenos eventos culturais. Desde 1991 este espaço é destinado a exposições de arte contemporânea. Quer conhecer um pouco desta história e admirar o afresco da cena do Batismo de Cristo, pintado por Lucia Suanê nas paredes da Capela?
O Sítio Morrinhos, na zona norte da capital, é um conjunto arquitetônico composto pela casa sede, típica construção bandeirista de 1702, e por diversas construções anexas datadas da segunda metade do século XIX. O local possui uma extensa área verde, formada por árvores frutíferas e ornamentais e abriga a Sede do Centro de Arqueologia de São Paulo, com mais de 100 mil itens. Lá estão todos os materiais encontrados nas primeiras atividades de escavação iniciadas em 1979 na cidade de São Paulo. Que tal realizar uma verdadeira viagem ao passado?
O caminho dos tropeiros interligava São Paulo e o sul do país e foi utilizado por tropas que abasteciam os centros urbanos desde o século XVIII. O início deste caminho pode ser marcado no largo e ladeira de São Francisco. Dali cruzava o vale do Anhangabaú, passando pela entrada do caminho de Santo Amaro, largo e ladeira da Memória (um dos bebedouros das tropas), tomando o que é a atual avenida da Consolação, cruzando o espigão do Caaguaçu (Mata Grande em Tupi, da qual o Parque Trianon é um remanescente). Pelo caminho da atual rua Teodoro Sampaio, descia até a Aldeia de Pinheiros (hoje largo de Pinheiros). Após cruzar o rio Pinheiros, tomava a direção de onde hoje existe a rodovia Raposo Tavares, passando por Cotia (onde fica a Casa do Padre Inácio, casa bandeirista hoje pertencente ao Iphan), São Roque, Sorocaba e dali o caminho das tropas seguia em direção a Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde havia a criação de muares. Que tal percorrer trechos deste antigo caminho?
Considerada ícone da arquitetura moderna no Brasil, a Casa de Vidro foi o primeiro projeto construído da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. O loteamento da antiga Fazenda de Chá Muller Carioba, na região do Morumbi, em São Paulo foi o local escolhido para construção, iniciada entre 1950 e 1951. O nome do local faz referência à fachada imponente de vidro que parece flutuar sobre pilares. Ocupando uma área de 7mil m2, a casa é envolta por uma extensa vegetação, plantada pela própria arquiteta. A casa é tombada e hoje abriga a sede do Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, que tem como objetivo promover e divulgar a arquitetura, o design, o urbanismo e a arte popular brasileira.
Inaugurada em 1974, a fundação ocupa a antiga residência dessa família, projetada em 1950 pelo arquiteto Oswaldo Bratke. O local reúne peças e documentos que contam parte da história do Brasil: lá, é possível visitar um acervo constituído por pinturas que datam desde o século XVII, mobiliário, prataria, porcelana, tapeçaria e arte sacra do século XVIII. Em 75 mil m2 de área verde, encontram-se árvores como as de Pau-Brasil e pés de café.