Postado em 03/11/2016
Um planeta vermelho que não é marte .
Sim, povoado ao menos por um habitante, o nariz do palhaço é um mundo à parte. Ali, em solo plástico, indícios de aplausos, pipoca, tortas, luzes, truques e trejeitos.
Mas é só nele que moram esses habitantes tão interessantes e que tem a capacidade de abduzir nossos risos?
Para (des)construir qual é essa imagem do palhaço e sua representação, o especial "Qual a Cara do Palhaço" distribuiu em várias programações, abordagens e esquetes que exploraram e trouxeram ao público além das esperadas gargalhadas, reflexões acerca desse personagem tão rico e afeito às culturas por todo o mundo.
Sobre a pergunta-título do projeto, no bate-papo de abertura com a mediação de Hebe Camargo Lu Lopes (Palhaça Rubra), Fernando Sampaio (Cia La Mínima), Ésio Magalhães (Barracão Teatro) e Rico Veneno (Circo Veneno) foi possível ouvir algumas definições:
“Para mim o palhaço é tímido, me escondo atrás de uma máscara e me transformo”
“O palhaço tem caras diversas, o mercado da palhaçaria cresceu muito e faz jus a riqueza do personagem”
“O que resta ao palhaço é o amor”
“A cara do palhaço não é essa dos noticiários... A conexão é de outra natureza. A figura do palhaço é inofensiva, não subjuga. O palhaço é o pequeno, o fraco, o menor. É rir do ridículo.”
“O povo se espelha no palhaço, os tapas que ele ri no palhaço na verdade são os da vida”