Postado em 29/06/2017
Incluída nos jogos olímpicos de 2020, a escalada é aliada da saúde e estímulo à socialização
Foto: Bruna Moreschi
Derivada do montanhismo, a escalada é uma atividade que conquista, a cada ano, um grande número de praticantes dentro e fora do país. Não à toa, foi incluída pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) – junto ao surfe, skate e beisebol/softbol – aos Jogos de Tóquio que serão realizados daqui a três anos. De acordo com o COI, a inclusão das novas modalidades resultará no acréscimo de mais de 400 atletas em 18 disputas por medalhas nos Jogos Olímpicos.
Assim como outras atividades físico-esportivas, a prática da escalada promove benefícios físicos e psicológicos, além de interação social, e, dessa forma, auxilia no combate à depressão, conforme um estudo recém-publicado por pesquisadores das universidades do Arizona, nos Estados Unidos, e de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha. Apresentada na última convenção anual da Associação para a Ciência Psicológica, junho passado, a pesquisa envolveu mais de 100 pessoas. Divididos em dois grupos, aqueles que praticaram o esporte três horas por semana, durante dois meses, passaram de um quadro severo para moderado e leve de depressão.
Segundo uma das pesquisadoras, Katharina Luttenberger, a atividade física interferiu positivamente no quadro da depressão pelo estímulo à produção de endorfina – um dos “hormônios da felicidade”. Além disso, requisitou foco e atenção dos praticantes. Fatores determinantes para o tratamento. “Por exigir concentração, nesta atividade cada movimento é calculado. Dessa forma, você acaba esquecendo os problemas, que ficam do lado de fora do espaço da prática”, explica o instrutor e educador físico Bruno Fonseca, um dos projetistas da área dedicada à escalada na unidade 24 de Maio do Sesc, que será inaugurada este ano.
Outros benefícios deste esporte, que pode ser praticado por todas as idades, são: força, equilíbrio e, de quebra, aquela “dose extra” de coragem. “O medo de altura, por exemplo, faz parte de quem faz a escalada pela primeira vez. Esse é um instinto de preservação que devemos ter. No entanto, aprendemos a desenvolver confiança no parceiro e nos equipamentos de segurança”, destaca o instrutor Ricardo Luis Côrrea, que com 24 anos de experiência em escalada, monitora a atividade na unidade do Sesc Araraquara, onde também há desde paredes móveis até um paredão fixo de nove metros de altura. “O resultado da prática estimula a confiança nos outros”, complementa.
PRÁTICA SISTEMATIZADA
Um dos desafios para os praticantes é desenvolver disciplina e paciência a fim de conquistar, aos poucos, maior habilidade. Apesar de não ter essencialmente um caráter competitivo, nesse caso o objetivo é vencer os próprios obstáculos em busca de uma superação individual. Para Bruno Fonseca, isso pode ser alcançado a partir da prática sistematizada. Na unidade 24 de Maio, por exemplo, haverá dois ambientes: uma parede de seis metros de altura, que avança mais quatro metros pelo teto, e um paredão boulder (não requer equipamentos de segurança), que funciona como uma travessia de progressão lateral. “A ideia é que este seja um espaço onde o praticante possa obter um desenvolvimento motor contínuo e uma constância na prática”.
TIRE OS PÉS DO CHÃO
Ações e oficinas para adultos e crianças experimentarem a escalada
PAREDE DE ESCALADA
Sesc Santos
A atividade desafia o praticante a chegar ao topo de uma parede com diversos pontos de apoio, espalhados aleatoriamente. Além do equilíbrio, e da coordenação de movimentos, a atividade também trabalha a resistência física do participante. Todos os equipamentos de proteção serão disponibilizados gratuitamente. De 8 a 16 de julho, sábados e domingos, das 15h às 18h.
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HABILIDADES MOTORAS COM BLOCOS DE ESPUMA
Sesc Ribeirão Preto
Em interação com blocos de espuma, as crianças vivenciarão habilidades motoras para a transposição de obstáculos e escalada. Esta atividade integra a programação do Espaço de Brincar. De 1º a 30 de julho, sábados e domingos, das 10h às 18h; terça a sexta das 13h30 às 20h30.
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