Postado em 19/01/2019
Eles fazem passeios pelo puro prazer de ir por aí em boa companhia. Param pra comer, pra recuperar o fôlego, pra tirar fotos da natureza que os cercam. Sempre rola uma paçoca, uma conversa legal regada a boas risadas, as vezes um guaraná, outras uma cerveja gelada - por que não? Enfim, os Pebas do Pedal são um grupo de ciclistas que nasceu em Catanduva e aumentou vertiginosamente o número de integrantes. Eles participam de vários passeios, organizam eventos beneficentes, e sobretudo, fazem o que mais gostam: pedais por estradas da cidade e da região, ou como se costumava falar, eles simplesmente “passeiam” de bicicleta estrada afora, pelo barato de ver onde ela vai dar.
Conversamos com o Alencar Jorge Machado Jr., o Junior, sobre pedal, estilo de vida, esporte, trabalho, segurança...enfim, tudo aquilo que faz parte de sua vida. O papo fluiu fácil e espontâneo, assim como o surgimento da bicicleta na vida dele. Foi através do incentivo de sua esposa Fabiana que ele começou a pedalar, e essa relação com o esporte cresceu e ficou cada vez mais sólida. Por que as pessoas pedalam em grupo? Por que elas seguem pedalando horas a fio debaixo de sol, ou sob chuva? Depois do papo com o Junior não é difícil entender....Com a Fabiana e com outro amigo, eles fizeram juntos o Caminho da Fé e tantos outros trajetos marcantes. A bicicleta permeou sua vida profissional e social também - hoje trabalha em uma empresa de produtos esportivos e é cercado por amigos ciclistas. Nesse vídeo, você confere a conversa que tivemos com o Junior sobre o que a bike representa em sua vida, e entende essa mágica relação de amor:
No final de nossa conversa, Junior nos explicou que o que mais gosta no ato de pedalar é a sensação de voltar a ser criança, de sentir as lembranças de momentos da infância que retornam a toda hora na sua cabeça e que fazem tão bem. Segundo ele, o pedal ensina muito também: traz paciência ao cilcista, humildade e sobretudo, um grande aprendizado sobre parceria.
Quando um ciclista está começando a pedalar, e o grupo já segue em seu ritmo mais acelerado, tem sempre um amigo que fica por perto de você e te ajuda, mesmo que ele consiga fazer o percurso em 20 minutos, ele retarda de propósito e leva uma hora só pra te acompanhar, e ficar por perto para garantir que você não esteja sozinho quando trocar aquela marca na hora errada, e fatalmente cair. E você vai cair, pois é inevitável, mas isso também faz parte do batismo do pedal.
Como diz o Junior, muitas vezes você compra um terreno, as vezes uma fazenda até, mas chega uma hora que o embalo de suas pernas entram na constância exata da necessidade do trajeto; a respiração não é mais afoita, ela fica ritmada e suporta suas passadas velozes, e na hora da troca de marcha, a corrente entra certinho na coroa e você ouve o “clic” perfeito. Sim, chega uma hora que você pedala na mesma vibe que seu grupo: você não é mais o novato. Você olha pros lados, e está dentro de sua alcateia. Mas vai ter sempre um peba por perto pra dividir um pedaço de paçoca com você nos momentos de pausa. Porém dessa vez vai ser no alto da ladeira, e vocês vão parar porque estão admirando a vista, só por isso. ;)