Postado em 08/03/2019
Dos prazeres da vida, sorrir é um daqueles que nos acompanha desde os primeiros meses de existência. Pode se discutir se é uma expressão aprendida ou se nascemos geneticamente marcados para demonstrar a felicidade assim, mas é fato que esta é uma das coisas que nos une enquanto humanos.
No Sesc, temos várias formas de cultivar sorrisos. Você pode participar de uma atividade artística, praticar um esporte, usar os espaços das unidades para encontrar velhos e novos amigos, para viver momentos de lazer com a família, ficar felizão por aprender a fazer alguma coisa nova e por aí vai...
Anderson Celestino já conhecia o Sesc há tempos e aproveitava muitas dessas oportunidades. Em 2016, ele descobriu mais uma – talvez a mais transformadora em sua história: a odontologia.
Pai de três filhos, ele viu sua saúde ir ficando em segundo plano na batalha por, junto com sua esposa, dar conta do sustento da família. “É muito difícil você tirar mil reais pra arrumar os dentes e ver seu filho precisando de roupa, alimentação em casa, então vai ficando pra trás”, conta Anderson, que não sabe nem dizer há quantos anos não ia ao dentista. “A gente tem uma poupança, e toda vez que a gente guardava dinheiro pra fazer o tratamento dava errado. Rafael ficava doente, ou a Nicole precisava comprar remédio ou senão era compra dentro de casa. É difícil”.
Com o passar do tempo, a situação foi ficando mais complicada: muita dor, inchaço, sangramentos e fragilidade nos dentes o impediam de comer sem preocupação, de conversar com naturalidade e claro, de sorrir. Até que sua esposa Francine, que trabalha em um escritório de contabilidade, fez a Credencial Plena do Sesc e descobriu que poderia se candidatar ao tratamento odontológico na instituição.
Para isso, foi necessário participar de um processo de seleção pois, apesar do Sesc contar com 145 consultórios onde atuam 359 dentistas responsáveis por quase 800 mil consultas por ano, a quantidade de inscritos supera a capacidade de atendimento das unidades.
O primeiro passo foi ficar atento ao período de inscrições, que desde 2016 é centralizado no portal Sesc. Francine preencheu o questionário online, por meio do qual são identificadas as pessoas mais suscetíveis a doenças bucais, com base em determinantes sociais de saúde, ou seja, nos fatores sociais, econômicos, étnicos, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde.
De acordo com a análise do perfil e com a disponibilidade das unidades indicadas pela família para o tratamento, eles foram selecionados para a consulta de avaliação de risco e necessidades. Ali começaram diferentes alegrias. A primeira delas foi saber que o empenho em dar uma boa orientação de cuidado com a saúde bucal aos filhos estava dando resultado. O único problema encontrado foi uma pequena cárie resolvida rapidamente e no mais, os três receberam muitos elogios ao cuidado com a escovação.
As outras vieram ao longo do tratamento, que se estendeu por dois anos até a alta, que aconteceu em dezembro do último ano e rendeu até lágrimas de gratidão.
Não é para menos. Para devolver a Anderson o sorriso bonito que foi ficando pra trás no desenrolar da vida, foram necessárias além de extrações, a confecção e instalação de próteses, feitas com carinho e paciência pela doutora Lucia Alves, a quem Anderson não cansa de agradecer durante a conversa: “Não tem como descrever o trabalho dela. Um trabalho muito dedicado”.
Uma grande satisfação foi ver que, apesar do tratamento ter custos muito abaixo dos praticados no mercado, o trabalho final não deixou nada a desejar. “Quando a gente vê que alguma coisa é mais barata, a gente já pensa: deve ser aquele serviço meia boca, né? Mas não, é totalmente diferente”. Vale lembrar que o custo do tratamento no Sesc é subsidiado de acordo com a renda e o número de dependentes do titular. Ou seja, quem tem uma renda menor, paga menos.
O trabalho não terminou com a instalação das próteses. “Eu tive que ter uma reeducação odontológica. A doutora me ensinou a escovar os dentes de novo, a usar o fio dental de novo, coisas que os pais ensinam. Uma paciência bacana dela, me colocou sentado na cadeira e falou: “Anderson, você quer voltar a ter aquele sorriso feio?”. “Não!”. Então, agora é a hora de você aprender tudo de novo”.
Agora, Anderson aproveita toda oportunidade que tem para exibir seu sorriso por aí. “Olha, tem coisa melhor que sorrir? Você chegar numa pessoa e falar, “Bom dia!” [abrindo aquele sorrisão]. É muito gostoso”. Outra alegria foi notar o quanto a esposa gostou do resultado. “Perceber que ela está olhando e pensando, ‘nossa que sorriso bonito’, me deixou muito feliz”.
Anderson e Francine estão juntos há vinte anos: “Ela foi guerreira do meu lado. Guerreira. A gente passou por poucas e boas, mas sempre juntos. Nunca deixando a peteca cair, um respeitando o outro, lutando”.
Resta ainda um grande sonho para o casal realizar: sair do aluguel. A batalha continua e enquanto essa conquista não vem, Anderson aproveita o porto seguro que tem no convívio com os filhos: “Sabe quando você chega em casa e você é recebido com carinho? É assim que eu me sinto. E aí, o que eu esbanjo? Esbanjo meu sorriso pra cima deles”.
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As inscrições para o tratamento odontológico em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo são válidas por um ano e estarão abertas de 13 (a partir das 12h) a 20 de março de 2019. Neste periodo será possível indicar também o futuro Sesc Guarulhos e o Sesc Campo Limpo entre as opções de unidades para tratamento. Informações completas aqui.
O tratamento odontológico é exclusivo para trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes, com a Credencial Plena válida no estado de São Paulo. Saiba como fazer a sua aqui.
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