Postado em 08/09/2011
por Alberto Mawakdiye
Um discurso algo mal ajambrado do prefeito Vítor Lippi (PSDB) provocou, no último mês de março, um enorme rebuliço em Sorocaba, histórico polo industrial paulista localizado a 95 quilômetros da capital. Ao comentar o novo ciclo de investimentos industriais em andamento na cidade – apenas as montadoras Toyota, General Motors e a fabricante de tratores Case, do Grupo Fiat, irão investir, no correr deste ano, entre novas plantas e ampliações, mais de R$ 2 bilhões –, Lippi afirmou estar disposto a reduzir o ritmo de crescimento local e encaminhar para outros municípios da região parte das indústrias eventualmente interessadas em se estabelecer ali.
“Com o atual ritmo de 10% ao ano, estamos crescendo até duas vezes mais que a média nacional. Daqui a pouco Sorocaba estará maior que Campinas (cidade próxima e um dos maiores polos industriais do país) e não sei se isso é o melhor”, declarou o prefeito, para estupefação geral. Ele disse ainda que se a cidade passasse a crescer cerca de 5% ou 6% ao ano “já seria maravilhoso”.
O cenário nos dias seguintes foi, naturalmente, permeado de discursos duros na Câmara de Vereadores, de perplexidade nas ruas e críticas sarcásticas na imprensa, além da compreensível indignação dos sindicatos locais de trabalhadores. De fato, os municípios brasileiros hoje se engalfinham para atrair indústrias para os respectivos territórios. Lippi, no entanto, parecia saber o que estava fazendo. De um jeito sem dúvida um tanto estabanado e até imprudente, o prefeito conseguiu, bem ou mal, chamar os sorocabanos para uma bastante necessária discussão sobre o futuro não só econômico, mas também social da cidade.
Afinal, num período de apenas dois anos, entre 2005 e 2007, por exemplo, nada menos que 31 novas indústrias se instalaram em Sorocaba. E, de lá para cá, além de mais empresas terem aportado, cerca de uma dezena ampliou o parque fabril, sem contar os grandes investimentos já em implantação. Há tanta gente circulando na cidade que a rede hoteleira não consegue mais dar conta da demanda. “Virou uma trabalheira encontrar um quarto”, confirma o engenheiro Sérgio Abreu, funcionário da Walter, importante metalúrgica local. Abreu representa a companhia em São Paulo, mas tem de ir várias vezes por mês até a matriz.
Dessa forma, sobrecarregada de fábricas e armazéns, Sorocaba pode ver retroceder rapidamente o equilíbrio urbanístico e os indicadores sociais – que são bons, na média –, tão duramente conquistados. Isso porque a indústria (e os serviços a ela agregados) já responde por 70% da economia da cidade, e o município, sozinho, por 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista.
Famosa pela boa qualidade de vida que oferece a seus cidadãos, Sorocaba ocupa o 40º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) estadual, mas com um índice não muito distante do da primeira colocada, São Caetano do Sul: 0,828 diante de 0,919. É uma posição confortável para uma cidade brasileira de porte médio para grande. Seu PIB per capita é de R$ 22,7 mil, um dos mais altos do estado de São Paulo e do país.
O município é bem servido de hospitais, teatros, shopping centers e museus – com destaque para o Museu Histórico Sorocabano –, além de áreas de lazer, entre as quais o espaço mais famoso é o Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, inaugurado em 1968 e referência na América Latina. O novíssimo Parque dos Espanhóis, aberto em 2008, com sua arquitetura de toques mouriscos, é outra atração concorrida.
A cidade conta ainda com 60 quilômetros de ciclovias, implantadas nas principais avenidas. É a segunda maior malha cicloviária do Brasil, atrás apenas da do Rio de Janeiro. O fornecimento de iluminação, água e saneamento básico aproxima-se da universalização. E, o que é incrível para um município de seu porte, Sorocaba não tem favelas. Todas elas foram sendo aos poucos erradicadas e substituídas por conjuntos habitacionais. Ao mesmo tempo, porém, a cidade pode estar entre as campeãs no que respeita a residências em situação irregular no país. “Estima-se que entre 40 mil e 45 mil casas ainda não tenham escritura”, diz o vereador Izídio de Brito (PT). O número equivale a quase um terço do total, calculado em 152 mil unidades.
Choque de realidade
A triste verdade é que Sorocaba – que tem nada menos que 1.540 indústrias convivendo com mais de 580 mil habitantes dentro de uma exígua área de 450 quilômetros quadrados – não pode mais receber fábricas indiscriminadamente em seu território, sem correr o risco de explodir pelas costuras. E, realmente, o ritmo de expansão fabril atual – principalmente no setor automotivo e metalomecânico – já está gerando problemas, como valorização extrema dos terrenos, acelerada especulação imobiliária e dificuldades na contratação de trabalhadores até no comércio e no setor de obras públicas.
O temor de Lippi – agora compartilhado por uma legião de sorocabanos – são os efeitos negativos, e cumulativos, que a continuidade de uma expansão de 10% ao ano provocará na cidade, como, por exemplo, um provável inchaço populacional e os impactos nos serviços de saúde e educação e na demanda habitacional. Na opinião do prefeito, esses riscos só poderão ser mitigados se o crescimento industrial for dividido racionalmente com outras cidades da região.
Há até um plano a esse respeito na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município, e que já vem sendo discutido com algumas cidades vizinhas – o teor do sensacionalista discurso de Lippi, portanto, não foi novidade para os munícipes mais bem informados. De acordo com o projeto, Sorocaba receberia somente as empresas-âncoras das cadeias produtivas, enquanto as cidades vizinhas ficariam com suas fornecedoras. As companhias de alta tecnologia – como a ABB, multinacional de energia e automação, que comprou um terreno de 125 mil metros quadrados para montar seu quarto complexo fabril no país – também seriam bem-vindas.
Para abrigar as mais voltadas para pesquisa e desenvolvimento, a prefeitura está inclusive montando, numa enorme área próxima à rodovia Castello Branco, o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS), que pode se tornar a maior iniciativa do gênero na América Latina. Há ainda planos de implantar na cidade uma cadeia produtiva voltada para atender as demandas da Petrobras no pré-sal.
“É uma oportunidade inédita para industrializar toda a região administrativa de Sorocaba, que engloba 72 municípios”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, Mário Tanigawa. “Do total de cerca de 3 mil empresas instaladas na região, mais da metade está em Sorocaba. Apenas Iperó, Tatuí, Mairinque, Salto e São Roque têm algum destaque.” Segundo o secretário, está na força de atração de Sorocaba a origem dessa concentração, que, aliás, não acontece pela primeira vez no município – a cidade também foi um polo do setor têxtil entre o final do século 19 e os anos 1960.
Ciclos de pioneirismo
“Foi nos altos do morro de Araçoiaba que Afonso Sardinha e seu filho instalaram, em 1589, antes até da fundação da cidade, os primeiros fornos para a fabricação de ferro na América do Sul”, lembra o escritor e professor de história Carlos Cavalheiro. “A cidade sempre teve a indústria nas veias.”
A mesma área abrigou a primeira indústria siderúrgica brasileira – a Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema –, que funcionou, meio aos trancos e barrancos, desde a instalação por dom João VI, em 1811, até 1895. Foi o empreendimento metalúrgico mais duradouro do século 19, e seus tornos produziam armamentos, implementos agrícolas e artigos de construção civil.
Embora tenha acumulado capital principalmente no comércio de mulas e em uma agricultura não muito desenvolvida – Sorocaba participou dos ciclos paulistas da cana-de-açúcar, do algodão e do café, mas sempre lateralmente, já que o terreno montanhoso e a má qualidade do solo não permitiram grandes avanços nessa área –, a indústria parece ter sido atraída desde os primórdios, de modo a ali cumprir ciclos de pioneirismo e riqueza até um ser substituído por outro. O porquê de as empresas terem preferido Sorocaba às outras cidades da região é um segredo de polichinelo. O mundo industrial é um pouco como o das abelhas – quanto maior a colmeia, melhor. Há uma irrefreável tendência entre as fábricas a se juntar em polos do mesmo ramo de atividade.
Muitos futuros capitães da indústria foram atraídos pelo potencial fabril da cidade e se tornariam depois verdadeiras lendas – a começar pelo conde Francesco Matarazzo, que chegou ao Brasil em 1881 e quatro anos depois abriria uma pequena casa de processamento e venda de banha em Sorocaba. Seria a origem de um império que, a partir de São Paulo, englobaria 365 empresas distribuídas por todo o país – segundo o folclore, uma para cada dia do ano –, até desabar na ruína no final dos anos 1980. A velha prensa de banha utilizada por Francesco Matarazzo integra hoje o acervo do Museu Histórico Sorocabano.
A cidade sediou ainda uma das primeiras experiências de fabricação nacional de cimento Portland, pelas mãos do igualmente lendário empresário Antônio Proost Rodovalho, em 1888. O empreendimento, porém, não foi em frente.
Outra tradicional família de industriais, os Scarpa, também iniciou ali sua escalada, quando, em 1885, Francesco Scarpa montou um empório que se tornaria um dos mais famosos do estado. Com os lucros, eles foram implantando em Sorocaba um colar de fábricas ligadas ao algodão e à produção têxtil. De história mais recente, as famílias de Antonio Barbero e Alfredo Metidieri criariam em Sorocaba, a partir de 1947, algumas das primeiras tecelagens de linho do Brasil, com fios importados da Europa.
Nos anos 1960, entretanto, esse setor entrou em decadência e a cidade foi obrigada a criar incentivos e infraestrutura para atrair empresas de segmentos industriais mais promissores, como o de autopeças, bens de capital, mecânica fina e fios e cabos. Pouco a pouco, Sorocaba reconstruiria seu parque industrial, especialmente na área metalúrgica, atraindo gigantes não só do cenário nacional, como Jaraguá, Hurth Infer e Arthur Klink, mas também mundial, a exemplo de ZF, Dana, Case, Schaeffler, Metso, Heller, Index, Seco Tools, Walter e Kyocera. Também nesse caso, uma empresa foi puxando a outra.
Força da tradição
A atual discussão sobre os limites do novo avanço industrial tende a se aprofundar porque Sorocaba tem um dos mais fortes movimentos sindicais do interior de São Paulo, não apenas devido à existência de mais de 1,5 mil fábricas, mas também pela força da tradição. Ali as greves foram comuns no início do século 20, especialmente nas numerosas tecelagens.
Já em 1906, a redução da jornada de trabalho fazia parte do programa de fundação do Sindicato de Resistência dos Tecelões de Sorocaba. Movimentos reivindicatórios (às vezes violentos) pontuaram a vida sindical da cidade por todo o século passado. Hoje, seu principal e maior sindicato é o dos metalúrgicos, que representa 44 mil trabalhadores de 14 cidades da região – mas a esmagadora maioria deles trabalha e mora em Sorocaba.
No começo do século 20, eram os grupos anarquistas e socialistas que disputavam a preferência ideológica dos operários. Isso é facilmente explicável pela origem de boa parte dos trabalhadores sorocabanos de então, italianos e espanhóis, que foram os grandes cultores dessas doutrinas de esquerda.
As nacionalidades italiana e espanhola, aliás, marcaram profundamente a vida de Sorocaba, dando-lhe seus contornos étnicos predominantes. Estima-se que pelo menos 38% da população atual seja constituída por italianos e seus descendentes. Impressiona a quantidade de placas de rua, prédios históricos e referências diversas com nomes de famílias como Furlan, Guariglia, Matarazzo, Monzoni, Pannunzio, Ruggeri, Scarpa, Tomazini e Metidieri.
A presença espanhola também é significativa – a cidade reúne a maior colônia de espanhóis e descendentes do interior do Brasil, estimada em cerca de 120 mil pessoas. É praticamente um quarto da população do município.
A história da imigração espanhola em Sorocaba é para lá de pitoresca e saborosa. Quem a conta é Angeles Paredes, ela mesma descendente e professora de língua e cultura espanholas: “Os espanhóis estão em Sorocaba desde o final do século 19 e começo do 20. Os primeiros chegaram logo após a Abolição da Escravatura (1888), juntamente com os italianos e os japoneses, para trabalhar na lavoura do café, principalmente – a cafeicultura era, então, explorada em muitas fazendas da região. A imigração valeu-se da estrada de ferro, e as famílias foram se assentando ao longo da ferrovia. No caso da nossa cidade, exemplo raro no Brasil, a maioria das famílias era da Andaluzia, no sul da Espanha. Bastante pobres, os espanhóis se concentraram no bairro chamado Além Ponte – o rio Sorocaba divide a cidade ao meio, e a ‘classe nobre’ morava antes da ponte, daí o nome. O preconceito contra eles foi intenso, seguiu-se por décadas e até infiltrou-se na linguagem da cidade. Ainda hoje o bairro é conhecido pejorativamente como ‘Cebolândia’, pois as famílias plantavam cebolas e as amarravam em réstias, pendurando-as diante das casas para secar e depois vender”.
Culturalmente, a presença espanhola em Sorocaba quase desapareceu, já que poucos descendentes sabem ao menos falar a língua – embora o interesse nesse caso esteja aumentando, mais por razões de mercado, há que se reconhecer. No entanto, ainda é possível sentir a Espanha fisicamente na cidade. A arquitetura do bairro de Além Ponte, embora tenham se passado mais de cem anos, mostra semelhanças com a das cidades do sul da Espanha. Muitas casas lembram as construções de Sevilha, Cádiz, Alhambra, Córdova, Granada.
Geografia
Se hoje Sorocaba tem localização privilegiada – é servida por duas importantes rodovias, Castello Branco e Raposo Tavares, além de estar ligada ao porto de Santos por linha férrea e de ficar relativamente próxima de outros grandes polos industriais, logísticos e de serviços do estado, como o ABC e as regiões de Campinas e do vale do Paraíba –, no passado não foi diferente. O povoado de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, fundado em 1654 pelo capitão Baltazar Fernandes, foi implantado exatamente na área do Peabiru (ver, nesta edição, a matéria “Peabiru, a Trilha Misteriosa”).
Por isso mesmo, a vila foi usada como base logística pelos bandeirantes e sediou um animado mercado de mulas (a “feira de muares”), trazidas pelos tropeiros do sul para ser negociadas com os exploradores de ouro de Minas Gerais e os fazendeiros do sudeste, centro-oeste e nordeste do país. Juntamente com o comércio, desenvolveu-se uma ativa indústria caseira, baseada na confecção de facas, facões, objetos de couro para montaria, redes de pesca e doces. A venda de mulas tornou-se tão rentável que o governo colonial instalou ali um grande posto de cobrança de impostos, fazendo de Sorocaba a “capital tropeirista” do Brasil durante quase dois séculos.
A chegada da estrada de ferro à cidade, em 1875, provocou a decadência da feira de muares, que acabou desaparecendo. A essa altura, porém, os comerciantes locais já haviam acumulado capital suficiente para se aliar aos também ameaçados produtores de algodão e investir em outra fonte de renda, a indústria têxtil.
Com o fim da Guerra de Secessão americana (1861-65), as exportações de algodão para a Inglaterra haviam cessado, obrigando os produtores e comerciantes a beneficiar ou industrializar o excedente. Embora pouco relevante de início, o polo têxtil sorocabano cresceria com enorme rapidez, atraindo empreendedores de outras paragens e até mesmo algumas indústrias britânicas, com seu capital abundante e sua avançada tecnologia. A cidade desenvolveu-se a tal ponto nesse segmento que quase alcançou a primazia no cenário industrial brasileiro no começo do século 20. É dessa época o honroso apelido dado a ela de Manchester Paulista, que, aliás, a acompanha até hoje.
O momento presente
Tanto naquela época como no período mais recente, as tentativas isoladas dos municípios da região de se industrializar em maior escala não foram bem sucedidas, com exceção talvez de Itu, que chegou a ter uma indústria têxtil de certo porte. Hoje, Porto Feliz, por exemplo, não consegue alavancar seu distrito industrial, apesar do óbvio potencial que apresenta e dos benefícios oferecidos pela prefeitura.
Uma prova de que Sorocaba já se firmou como um dos mais importantes polos de produção metalomecânica de ponta do Brasil e de como ficou difícil disputar com ela essa posição pode ser ilustrada pela surpreendente quantidade de empresas da cidade que participaram, em maio deste ano, da Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (Feimafe).
Esse monumental evento de negócios, promovido a cada dois anos no Parque Anhembi, em São Paulo, é o maior do segmento na América Latina. Marcaram presença nada menos que 17 empresas sorocabanas, número só um pouco menor que o de todos os expositores do estado do Paraná (23) e de Santa Catarina (19), mas superior ao de Minas Gerais, que foi representado por 11 empresas. Dentre as companhias de Sorocaba participantes, estavam verdadeiros ícones do mercado de maquinaria industrial, como Heller, Index, Kyocera, Seco Tools e Walter, todas elas multinacionais famosas pelos artigos sofisticados que produzem.
Indústrias de menor porte e de capital nacional também disseram presente, como a Trifem, fabricante de máquinas laminadoras que funciona em Sorocaba desde 1990 e atende principalmente o mercado automotivo. O diretor da companhia, Celso Ribeiro Fiúza, esbanjava otimismo ante a possibilidade de expansão da cadeia automobilística com a ida da Toyota para Sorocaba.
“É provável que não tenhamos muitas chances de fornecer diretamente para ela, pois essas grandes montadoras costumam trabalhar com seus sistemistas tradicionais”, disse Fiúza. “Mas sem dúvida poderemos vender muita coisa para o conjunto da cadeia produtiva, que naturalmente deverá se adensar em torno da Toyota e de seus fornecedores diretos.” Dentre os fabricantes de sistemas automotivos que terão participação na cadeia da Toyota estão gigantes como Pirelli, Suspensys (do Grupo Randon) e Scórpios Metalúrgica.
Cidade de imigrantes, Sorocaba sempre deu atenção ao ensino, mas agora, com tantos investimentos fabris programados, está se dando conta de que talvez não tenha investido o suficiente na formação de seus trabalhadores. Apesar de contar com nove universidades, nove faculdades isoladas e cerca de 400 escolas de ensino fundamental e médio – além de vários cursos nas redes Senai, Sesi e Senac –, a cidade já constatou que faltará mão de obra qualificada para tocar os diversos projetos industriais em andamento.
Estima-se que apenas a Toyota mobilizará 2 mil trabalhadores diretos, e a Case, outros 1,5 mil. O temor é que as indústrias passem a “importar” mão de obra de outras cidades para preencher a demanda dos quadros de elite, deixando de lado a força laboral sorocabana. “Esse risco existe mesmo, e por isso estamos propondo ao Ministério do Trabalho e Emprego a abertura de 1,5 mil vagas de cursos de qualificação profissional em nossa região”, diz Paulo Gil de Souza, assessor técnico do Sindicato dos Metalúrgicos local.