Postado em 01/01/2013
A formação do seu acervo teve início com Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, a partir de 1907. Na época, o clérigo começou a recolher imagens sacras de igrejas e pequenas capelas de fazendas – que vinham sendo sistematicamente demolidas após a proclamação da República – e montou o então chamado Museu do Cabido Metropolitano de São Paulo. No final da década de 1960, um convênio entre o governo do Estado de São Paulo e a Mitra Arquidiocesana possibilitou a criação do que hoje se denomina Museu de Arte Sacra de São Paulo. A coleção abrange peças que vão do século 16 ao século 20, e é formada por altares, oratórios, imagens sacras, livros raros, prataria, ourivesaria, mobiliário, telas, objetos e vestimentas litúrgicas.
Entre os artistas cujas obras se encontram em poder do museu estão os freis beneditinos Agostinho da Piedade (1580-1661) e
Agostinho de Jesus (1600 ou 1610-1661), o pintor, dourador e entalhador Manuel da Costa Athayde (1762-1830) e os escultores e também entalhadores Mestre Valentim (1745-1813) e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814). Deste último, um dos destaques é uma Nossa Senhora das Dores (foto), datada da segunda metade do século 18, esculpida em madeira policromada e que traz traços característicos do barroco brasileiro – entre eles, os olhos arredondados, as sobrancelhas contraídas, formando um “v”, e as vestes com dobras geométricas.
VISTAS CONTEMPORÂNEAS
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Exposição
30 Anos CCSP, no Centro Cultural São Paulo
No ano em que comemora três décadas, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) apresenta, até 3 de fevereiro, a exposição 30 Anos CCSP. O mote da mostra é a própria toponímia do prédio, ou seja, o que as obras e documentos expostos apresentam de comum entre si é terem pertencido ou sido criadas por artistas e personalidades que dão nome aos diferentes espaços da instituição – como o músico Adoniran Barbosa, os pintores e artistas plásticos Alfredo Volpi, Flávio de Carvalho, Flávio Império e Tarsila do Amaral, o cartunista Henfil, o ator Jardel Filho e o escritor Lima Barreto, entre outros.
Dessa forma, poderão ser vistos, por exemplo, trabalhos como as ilustrações feitas por Tarsila para o livro Pau Brasil (1925), de Oswald de Andrade; o óleo sobre tela Mário de Andrade (1939), de Flávio de Carvalho; dois carvões sobre papel sem título, de Volpi; fotos do espetáculo Revista do Henfil, encenado pelo ator Ademar Guerra em 1978; um cartaz da exposição Flávio Império em Cena, realizada pelo Sesc Pompeia, em 1997; e capas de disco de Adoniran Barbosa. Segundo texto da curadoria, o objetivo do evento é apresentar um “percurso cultural” da cidade. O Centro Cultural São Paulo fica na Rua Vergueiro, nº 1000, no bairro do Paraíso, Zona Sul da capital. O horário de visitação é de terça a sexta, das 10h às 20h; e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Informações pelo telefone 3397-4002 e a entrada é gratuita.