Postado em 01/02/2013
Após ter passado por cidades como Rio de Janeiro, Lima, Nova York e Bogotá, o Instituto Hemisférico de Performance e Política escolheu São Paulo para sediar o seu oitavo encontro internacional. De 12 a 19 de janeiro, o Sesc Vila Mariana abrigou parte da programação do evento, oficialmente conhecido como 8º Encontro do Instituto Hemisférico de Performance e Política, com atividades também realizadas na Universidade de São Paulo e na SP Escola de Teatro. Nesse período, a instituição foi palco de atividades como conferências acadêmicas, mesas de debates, espetáculos teatrais, performances e instalações. A unidade incluiu ainda alguns diferenciais na programação, como a grade de espetáculos (dois nacionais e dois internacionais) e a série de conferências acadêmicas que trataram de performance e política.
Para o assistente técnico da Gerência de Ação Cultural Juliano Azevedo, o Instituto Hemisférico de Performance e Política abarca no seu processo de composição uma das mais importantes formas de expressão no mundo. “Ele nasceu com a finalidade de expandir metodologias para a análise das práticas do corpo e também para potencializar a pesquisa sobre as práticas compartilhadas nas Américas. É uma rede multilíngue e interdisciplinar de instituições, artistas, acadêmicos e ativistas políticos de todas as partes das Américas”, explica. “Sendo assim, trata-se de uma importante forma de expressão por examinar as amplas interseções entre o espaço urbano, a performance e a ação política e artística nas Américas. Desde as poéticas críticas da arte corporal até a ocupação do espaço público por movimentos sociais”.
O diversificado público – composto por professores, universitários, gestores culturais, estudantes, entre outros – pôde encontrar na unidade Vila Mariana trabalhos de artistas contemporâneos que pensam a performance como “atitude política de questionamento das fricções do espaço urbano e suas sociabilidades”, afirma Rodrigo Gerace, técnico da programação do Sesc Vila Mariana. “O evento busca a interdisciplinaridade entre as instituições, artistas e ativistas políticos de todas as partes das Américas”, complementa.
O intuito é aproximar o universo acadêmico e o artístico por meio de discussões vinculadas às diversas formas de expressão da performance e política. Ao difundir e mediar essas práticas culturais contemporâneas, o Sesc propicia ao público frequentador a interação com uma variedade de manifestações e proposições estéticas em consonância com a ação cultural desenvolvida pela instituição, “pois essa vivência estimula o envolvimento e a reflexão do público acerca do universo das artes performáticas”, acrescenta Shirlei Torres, coordenadora de programação da unidade. “Além disso, ele fortalece e incentiva a criação de redes nacionais e internacionais de discussão e fomento das artes performáticas.”
“(...) trata-se de uma importante forma de expressão por examinar as amplas interseções entre o espaço urbano, a performance e a ação política e artística nas Américas. Desde as poéticas críticas da arte corporal até a ocupação do espaço público por movimentos sociais” Juliano Azevedo, assistente técnico da Gerência de Ação Cultural
Todo lugar é lugar
Parte da programação da 18ª edição do Sesc Verão, a instalação interativa Nessa Rua Tem Um Sesc Todo Meu..., montada na unidade Pinheiros, é o cenário perfeito para o tema do evento neste ano: “Esporte para todos, em todos os lugares”. Coreto, tanque de areia, campinho, cancha de bocha e até uma banca de jornal são alguns dos elementos que compõem a “praça” criada no sétimo andar da unidade. A ideia é mostrar como o esporte e a atividade física nem sempre precisam de lugares específicos para ser praticados. Até o fim de fevereiro a instalação será palco para demonstrações e bate-papos sobre diversas modalidades esportivas, com a presença de atletas convidados.
Encontro de personagens
O Núcleo Caixa Preta leva o clássico de Plínio Marcos, O Abajur Lilás, para a famosa rua Augusta na montagem O Abajur Lilás ou Uma Medeia Perdida na Augusta, cartaz do Sesc Belenzinho de 10 de janeiro a 17 de fevereiro. Como o título sugere, a peça encontra inspiração também no mito grego de Medeia, de Eurípedes, e tem como cenário um prostíbulo chefiado por Giro – um cafetão “andrógino e cruel” –, onde trabalham três prostitutas. A dramaturgia é de Vadim Nikitin e a direção de Joaquim Goulart.
Dança virtual
Apresentada no Sesc Santana, nos dias 12 e 19 de janeiro, a performance de dança contemporânea Devaneios de uma Nadarina apresenta a intérprete Marina Massoli alternando o balé clássico e gestuais modernos. Tudo ao som de uma peça do compositor erudito russo Tchaikovsky (1840- -1893), alterada por um processo de efeitos sonoros. Projeções de animações e videodança também aparecem em cena, buscando oferecer à plateia a sensação virtual de que os movimentos estão sendo feitos no ar e na água. A atividade se insere na programação do Sesc Verão 2013.
História em cena
Três personagens contam os principais eventos históricos ocorridos no Brasil e no mundo, como a época das grandes navegações ao novo continente, em Momento Histórico, espetáculo teatral apresentado no Sesc Itaquera, nos dias 13, 15 e 22 de janeiro. O caminho dos europeus até o Oriente em busca de especiarias, o surgimento da burguesia na Europa e o descobrimento e a Independência do Brasil são outros episódios abordados pela montagem da Cia. Oslô.
Mais sustos
Fantasmas e outras assombrações tomaram conta do Sesc Osasco, com a apresentação de Histórias do Caixão do Zé, espetáculo da Cia. Polichinelo apresentado no dia 13 de janeiro na unidade. Uivos e outros ruídos estranhos anunciam o despertar do macabro personagem do título. De seu caixão apodrecido, a estranha figura acorda para aterrorizar a plateia com todo o seu arsenal de objetos animados bizarros – como crânios, velas e criaturas de outro mundo.
Elyseu marginal
O projeto do CineSesc Cinema da Vela – encontros que discutem os rumos da produção nacional – apresentou, no dia 23 de janeiro, a obra de Elyseu Visconti. Sob o tema Estética Marginal, e com a presença do próprio Visconti e convidados, a conversa abordou a trajetória do cineasta e propôs uma reflexão acerca do conceito de estética marginal – uma das definições do movimento de produção contracultural iniciado nos anos de 1970.
Adeus à inocência
A montagem O Homem Feio, apresentada pelo Sesc Consolação de 14 de janeiro a 5 de fevereiro, conta a história de Lette, um homem de aparência nada privilegiada (como o título estampa), mas que não tem a menor noção disso. Quando suas feições lhe trazem um problema no trabalho, ele se dá conta do problema e decide resolvê-lo com uma cirurgia plástica. O texto é do jovem dramaturgo alemão Marius von Mayenburg e a direção e cenografia de André Pink.
Corpos em transformação
Um chão movediço, em constante transformação, serve de cenário para o espetáculo de dança Big Bang Boom, apresentado no Sesc Pompeia nos dias 23, 24, 25 e 26 de janeiro. A performance é realizada enquanto ocorre uma sucessão de paisagens sobrepostas em cena e sugere que um corpo pode, por meio do movimento, se transformar em outro. A criação do trabalho é da coreógrafa e intérprete Michelle Moura.
O que é que a Carmen tem?
O Sesc Santo Amaro apresentou, no mês de fevereiro, uma minimostra com filmes que têm no elenco a cantora e atriz Carmen Miranda (1909-1955) – nascida em Portugal e radicada no Brasil. Foram exibidos Uma Noite no Rio (dia 5), de 1941, Serenata Tropical (dia 19), de 1940, e Entre a Loura e a Morena (dia 26), de 1943. Todas produções norte-americanas datadas da época em que Hollywood caiu de amores pelo “chica chica boom chic” da pequena notável, como era chamada.
O movimento em cartaz
Por Todos os Lugares o Corpo em Movimento, exposição fotográfica de Rafael Pieroni – em cartaz no Sesc Vila Mariana de 5 de janeiro a 3 de março –, reúne imagens feitas na capital paulistana de atividades esportivas e corporais praticadas em espaços urbanos. A proposta é registrar e apresentar o corpo a corpo do cidadão com os espaços da cidade, a partir da apropriação de locais por meio do esporte e da atividade física. A mostra faz parte do Sesc Verão 2013.
"Eu idealizo a música e depois ela acaba tomando vida própria na hora de gravar. É um momento que não é muito tangível, fica algo meio incontrolável” Simoninha em entrevista ao site Clique Music ?(cliquemusic.uol.com.br). O músico se apresentou? no Sesc Bom Retiro nos dias 18, 19 e 20 de janeiro.
“Hoje nós não temos mais a espontaneidade dos ?encontros de antigamente. Mas, por outro lado, ?temos uma fonte de informação como a internet, ?que facilita bastante a produção e a divulgação da música” Zé Renato fala ao programa Jovem Pan Online (mais.uol.com.br). O músico fez show, ao lado de seu parceiro Claudio Nucci, na unidade Ipiranga, em 27 de janeiro.