Postado em 07/07/2015
O assunto já consumiu muita saliva e papel, ocupa desde longa data a agenda política nacional e está na boca de especialistas e empresários: a precariedade da infraestrutura, que continua dificultando o salto de desenvolvimento almejado pela nação. Em junho, o governo federal tornou pública uma nova rodada do pacote de concessões, orçado em R$ 198,4 bilhões, com o propósito de reaquecer a economia e melhorar a infraestrutura logística do país nos próximos anos. Já não era sem tempo. Com menos de 15% das rodovias pavimentadas, ferrovias insuficientes, hidrovias subaproveitadas e deficiências nos portos e aeroportos, o Brasil tem enfrentado sérios problemas na área.
Assunto de capa desta edição (“A infraestrutura que nos falta”), o tema nunca deixou de estar em destaque porque, é simples, o desenvolvimento econômico está umbilicalmente ligado às condições das estradas, dos trilhos, da navegação e do sistema aeroportuário. A reportagem mostra que os aportes financeiros feitos até agora nesse setor em solo brasileiro estão muito aquém dos nossos pares internacionais e que investimentos mais robustos são necessários para o PIB deslanchar. Vale frisar aqui o que disse um dos entrevistados, quando inquirido sobre a real situação da nossa infraestrutura: “É difícil dizer que alguma coisa está bem. Nós estamos muito ruins e, pior, não estamos melhorando.”
Tudo, enfim, é dependente da infraestrutura. Veja-se o exemplo do arroz e do feijão, a base da refeição dos brasileiros. Como basicamente todos os produtos do campo, os dois alimentos estão sujeitos à qualidade dos meios de transporte, que deslocam insumos agrícolas e, posteriormente, distribuem os produtos para o mercado consumidor. Abordada na reportagem “Um não tem, mas o outro compensa”, a dupla rica em nutrientes movimenta no país um grande mercado. Não somos o maior consumidor de arroz (demanda anual de 12 milhões de toneladas), mas o primeiro em produção nas Américas (estimativa de 12,39 milhões de toneladas na safra 2014/2015). No entanto, estamos entre os primeiros na oferta de feijão (estimativa de 3,4 milhões de toneladas na safra atual, 5,7% mais que em 2014), produto consumido à proporção de 3,5 milhões de toneladas anuais.
Problemas Brasileiros ainda dá destaque a duas importantes instituições do ramo editorial, a Edições Sesc São Paulo, dedicada a diversas áreas do conhecimento com ênfase em artes e ciências humanas, e o selo Senac Editoras, especializado em livros de educação profissional.
Boa leitura!
Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac