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Boca, pra que te quero?

A boca é um dos órgãos com mais funções do nosso corpo: serve para respirar, para comer, para se comunicar, para fazer arte ou extravasar e carrega o poder encantador do beijo. Todas estas capacidades são temas do Boca pra que te quero?, que acontece entre os dias 25/10 e 4/11 nas unidades do Sesc na grande São Paulo, Interior e Litoral.

Inspirado em um ditado popular, o nome do projeto ajuda a chamar a atenção para tudo o que a boca, este órgão tão cotidiano, faz por nós. É pela boca, inclusive, que se propagam e perduram os provérbios e ditos populares. Estas frases curtas, que aconselham, advertem e transmitem conhecimentos há gerações, ilustram as cinco funções abordadas no projeto.

A seguir você conhece cada uma delas, além de descobrir algumas das programações que exploram estas funções e trazem informações sobre como cuidar-se para garantir seu bom funcionamento.

 

 


Em terra de sério, quem tem riso é rei


O original diz que “Em terra de cego, quem tem um olho é rei”, mas o sentido de valor do que é raro permanece o mesmo. O sorriso é uma ferramenta de empatia, de relacionamento, de socialização. Tem o poder de, quando sincero, acalmar ânimos, estabelecer contatos e é entendido por qualquer pessoa de qualquer parte do mundo. Aristóteles dizia que o riso era um sinal da racionalidade humana. E os cientistas já descobriram que o ato de sorrir mexe com muitas partes do cérebro, um verdadeiro sistema integrado. 

 


Ok, pode até ser um sinal da racionalidade humana, mas nada me convence de que este cachorro não está sorrindo.

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Quem tem boca vai a Roma

 

Ou vaia Roma. Se existe polêmica sobre qual das interpretações é a correta, não há dúvidas de que é o ato de falar que faz as duas frases verdadeiras, seja para se chegar onde se quer ou para demonstrar insatisfação. Os povos desenvolveram a linguagem como forma de se expressar e de se identificar como grupo.

A capacidade de produzir sons diferentes nasce conosco, mas a perdemos conforme não usamos algumas articulações musculares. Por isso, é mais difícil aprender idiomas depois de adultos.

O potencial da boca para proporcionar a comunicação é enorme. Ao redor do mundo, existem povos que desenvolveram linguagens totalmente diferentes da nossa. Imagine fazer os 111 sons estalados diferentes da tribo !xóõ, na África? ou os assobios de Silbo Gomero, nas Ilhas Canárias?

 

Estrutura bucal, posição dos dentes e da língua permitem uma fala mais clara, facilitando a comunicação e o diálogo. Além disso, a boca é o caminho por onde as palavras faladas encontram o mundo. A forma como nos expressamos por meio dela influencia diretamente a qualidade de nossas relações sociais.

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Quem canta seus males espanta


A origem da expressão está no livro Geórgicas, de Virgílio, escrito há mais de dois mil anos. De lá para cá, a sociedade percebeu e a ciência comprovou que o ditado está certo.

O canto é entretenimento, é lúdico e é um modo de colocar para fora sentimentos bons e ruins. Cantar faz com que o corpo relaxe e entre em harmonia, ajuda a fortalecer o sistema imunológico. Também é útil para melhorar a memória, para fortalecer os pulmões e para aliviar o coração (no sentido figurado também).

É uma forma de terapia que pode colaborar em tratamentos de transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e em problemas de comunicação e autoconfiança.

Para cantar é necessário que as estruturas ósseas, dentes, tecidos e músculos que compõe a cavidade bucal estejam equilibrados e saudáveis, criando um espaço apropriado para que os dentes e a língua estejam bem posicionados e, desta forma, os sons sejam produzidos de maneira adequada e clara.

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Boca que fala não mastiga


Mais do que uma questão de boas maneiras, falar de boca cheia atrapalha a alimentação, pois é na mastigação que a digestão começa. Melhor deixar para fazer uma coisa de cada vez. A boca é formada pelos dentes, língua, gengiva, palato, bochecha e lábios. E um problema em alguma dessas estruturas pode comprometer a saúde do corpo todo.

Quando a mastigação não é bem feita, seja por dores ou comprometimento dos dentes, influencia o trabalho do estômago. Os movimentos dos dentes e do maxilar, quando não harmônicos, também podem causar dores de cabeça e até atrapalhar o sono.

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Não meta o nariz onde não é chamado


Mas se meter e tiver algum problema, dá para respirar pela boca. O sistema respiratório inclui nariz e boca, que estão intimamente ligados. Tanto que paladar e olfato são sentidos que se complementam.
Nas práticas meditativas e de relaxamento, o ato de expirar é feito pela boca, como forma de controle do ritmo da respiração. Essa atitude também ajuda a eliminar melhor o dióxido de carbono, sendo indicada durante a prática de exercícios intensos para melhorar o desempenho.


Experimente inpirar pelo nariz e expirar pela boca seguindo o ritmo deste gif.

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Dois bicudos não se beijam


Diz o ditado, porém a verdade é que isso quem decide são os dois bicudos. Beijar é uma forma de afeto, um modo de demonstrar carinho e amor. E também pode ser um ato de protesto pacífico.

Nas artes, muitos beijos foram eternizados e resignificados, como no caso do famoso quadro de Gustav Klimt e da fotografia que registra o cumprimento entre o líder da então Alemanha oriental Erich honeker e o líder soviético, leonid Brezhnev, em 1979. A foto foi pintada depois no que restou do Muro de Berlim e teve inúmeras releituras com significados ligados à política, à diversidade e à liberdade.

O beijo, visto como expressão de sentimento, também é mais pleno quando há boa higiene bucal. Problemas na saúde da boca tem como um dos sintomas mais perceptíveis a alteração no hálito, que afeta diretamente as relações pessoais. 



Tem beijos que são inesquecíveis, não é?

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A programação completa você encontra em sescsp.org.br/bocapraquetequero