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Obras de Tomie Ohtake na cidade de São Paulo
Consequência da Segunda Guerra Mundial. Uma jovem, Tomie Ohtake, veio ao Brasil para visitar o irmão no final dos anos 1930 e não pôde voltar por conta do grande conflito iniciado em 1939 – e que durou até 1945. Aos 100 anos, completados em novembro, a artista é considerada uma das principais representantes do chamado abstracionismo informal – corrente que enfatiza a criação livre. Muitas de suas obras, felizmente, encontram-se a céu aberto ou em edifícios de acesso público. A seguir, algumas das mais expressivas.
Monumento à Imigração Japonesa
Canteiro central da Avenida 23 de Maio (1988)
A escultura marcou os 80 anos da vinda dos japoneses para o Brasil. No final do ano passado, a obra ganhou novas cores a pedido da própria artista – segundo ela, para que a cidade “ganhasse mais uma novidade”. As peças de concreto em forma de ondas simbolizam as quatro gerações de japoneses que vivem aqui.
As Quatro Estações
Estação de metrô Consolação (1991)
A obra, um mosaico composto de quatro painéis de 2 m x 15,40 m, associa cada estação a uma cor: verde para a primavera, amarelo para o verão, azul para o outono e vermelho para o inverno.
Reflexo D’Água
Salão das piscinas do Sesc Vila Mariana (1997)
A artista criou um painel de ferro pintado com 1.500 metros. As formas onduladas das peças refletem na água, conferindo fluidez e leveza.
Ultramarinho
Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo (USP), Butantã (1999)
A escultura feita de tubo de aço está localizada em frente ao museu, na Cidade Universitária.
Escultura sem título
Edifício Berrini 500, Avenida Eng. Luís Carlos Berrini (2000)
A escultura em aço mede 12,5 metros de comprimento e pesa três toneladas. O edifício onde a peça se encontra, parte do empreendimento Berrini 500, foi projetado pelo filho da artista, o arquiteto Ruy Ohtake.
Homenagem a Bardi
Praça Memorial da América Latina, Butantã (2000)
Acervo da exposição O Bardi dos Artistas, realizada em 2000 na Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana, dentro do Memorial, a peça de ferro pintado foi remontada na praça em 2009, durante a mostra Memorial Revisitado, que comemorou os 20 anos do Memorial da América Latina.
Escultura sem título
Auditório Ibirapuera (2004)
Outra parceira entre a arista e Oscar Niemeyer. Desta vez o convite foi para criar algo no interior do teatro projetado pelo arquiteto.
Escultura sem título
Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), Guarulhos (2008)
A obra de nove metros de diâmetro localiza-se do lado de fora do aeroporto. Trata-se de uma homenagem da artista aos 100 anos da imigração japonesa no Brasil.
Painel sem título
Edifício na Ladeira da Memória, Anhangabaú (1984)
A pintura tem 55 metros de altura e foi encomenda da Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb), com patrocínio do extinto Banco Nacional.
Painel sem título
Renaissance São Paulo Hotel, no bairro dos Jardins (1996)
O painel de cerâmica mede 2 m x 5 m e fica no hall de entrada do segundo andar do hotel, localizado na Alameda Santos.
Painel sem título
Auditório do Memorial da América Latina, Barra Funda (1999)
A tapeçaria tem aproximadamente 800 metros quadrados e foi realizada a convite do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), responsável pelo desenho do complexo cultural. “Quis manter a unidade plateia-palco-plateia”, disse a artista em entrevista publicada no livro Integração das Artes (Memorial da América Latina, 1990).