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Reserva natural
Pesquisadores apresentam espécies de plantas e animais encontradas em área de futura reserva de mata atlântica em Bertioga, litoral de São Paulo
Com o intuito de sensibilizar para a importância das questões ambientais e preservar a biodiversidade brasileira, o Sesc desenvolve, desde 2012, um projeto para transformar uma área de 60 hectares em uma Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN em Bertioga. Para isso, está sendo necessária a elaboração de um plano de manejo que consiste na realização de uma série de levantamentos socioeconômico, histórico e cultural, de fauna e flora que irão indicar as potencialidades da área e auxiliar na definição das ações que poderão ser desenvolvidas no local. Em novembro, um grupo de 28 pesquisadores apresentou um relatório sobre a percepção da comunidade sobre a área e dados parciais sobre as espécies encontradas na reserva.
Além da variedade de flora de restinga, bioma Mata Atlântica, há também grande diversidade de fauna. Foram localizadas espécies de sapos, aves, formigas, aranhas, abelhas, peixes e mamíferos de médio e grande porte, como o veado-catingueiro e o tamanduá-mirim. “A reserva está em processo de criação junto a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo, explica Denise Baena, coordenadora do Programa de Educação para Sustentabilidade do Sesc São Paulo.
Exigência do órgão ambiental, o plano de manejo auxilia ainda na identificação de possibilidades programáticas voltadas ao público, que dependerá das fragilidades e necessidades da área a ser preservada. “É um local muito frágil do ponto de vista ambiental. Algumas áreas têm um lençol freático superficial, então nossa ideia não é ter um uso intenso do local. Queremos desenvolver programas educativos, para que as pessoas possam entender a importância da biodiversidade da mata atlântica”, completa Denise.
O planejamento para o local compreende programas de formação e de desenvolvimento da população, além da geração de renda. “Iniciamos a formação de um coletivo educador para ampliar a discussão sobre sustentabilidade e além disso, existe também um projeto de educomunicação com oficinas de rádio com jovens da região, que fazem entrevistas com os pesquisadores do projeto para envolver os jovens e compartilhar informações com a comunidade”, conclui a coordenadora.
“Queremos desenvolver programas educativos, para que as pessoas possam entender o que é a biodiversidade da mata atlântica”
Denise Baena, coordenadora do Programa de Educação para Sustentabilidade do Sesc
É áudio e é visual
Em um espaço interativo no Sesc Pinheiros, a mostra Música e Cinema: o casamento do século traz o encontro entre as duas formas de expressão, possibilitando um mergulho nos bastidores das produções que marcaram a história do cinema no século 20. A proposta é também retratar o papel da música no desenvolvimento de obras-primas da cinematografia nacional e internacional, proporcionando ao público um trajeto lúdico que mostra como ela está presente em todas as etapas de produção na sétima arte, desde o roteiro até o lançamento do filme. A exposição segue até 11 de janeiro de 2015, com curadoria de N.T. Binh, e é exibida no Brasil após montagem na Cité de la Musique, em Paris, na França, em 2013.
Edições Premiadas
Cenografia Brasileira – Notas de um Cenógrafo, de J.C. Serroni, foi premiado com o 1º lugar na categoria Artes e Fotografia, na 56º edição do Prêmio Jabuti. No livro, publicado pelas Edições Sesc SP, Serroni apresenta a produção cenográfica de diferentes épocas, a partir do início do século 19. Na categoria Arquitetura e Urbanismo, Cidadela da Liberdade, de André Vainer e Marcelo Ferraz, também das Edições Sesc SP, recebeu menção pelo terceiro lugar.
Som do bom
Com atividades durante os sábados de novembro, o Estúdio 7 Cidades chegou ao Sesc Santo André para ser um espaço aberto a mostrar a diversidade da produção musical do Grande ABC. Este ano, a curadoria foi feita em parceria com o jornalista José Flávio Júnior, da Billboard Brasil, e trouxe grupos veteranos e novas bandas cujas sonoridades transitam pelo rock, blues, hip hop e sertanejo de raiz.
Vai dar samba
Em novembro, o Centro de Pesquisa e Formação promoveu o ciclo Desde que o Samba é Samba, cujo objetivo foi traçar um panorama da identidade cultural brasileira por meio da história do samba da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Foram palestras sobre samba e identidade nacional e sobre as rodas de samba em São Paulo, além de bate-papos com “bambas”, como Monarco da Portela e Osvaldinho da Cuíca.
Um pulo na história
Com curadoria de Agustín Pérez Rubio, novo diretor do Malba - Museu de Arte Latino-Americana,, na Argentina, a exposição Memórias Inapagáveis lançou um olhar histórico sobre o acervo do Videobrasil. Em cartaz entre agosto e novembro no Sesc Pompeia, a mostra fez um resgate de episódios polêmicos e de conflitos a partir de perspectivas pessoais em obras de 18 artistas do Brasil e do exterior, como Jonathas de Andrade, Rosângela Rennó, Akram Zaatari, Bouchra Khalili, Coco Fusco e León Ferrari.
Algumas verdades
Em cartaz no Sesc Pinheiros até 13 de dezembro, o espetáculo Reality conta a história de Eva lo Brac, uma atriz que fez muito sucesso na TV, mas foi esquecida. Hoje, com mais de 50 anos, está falida e com câncer. Ela é então convidada para participar de um reality show sobre doentes terminais. O texto, escrito por Michelle Ferreira, foi finalista da Seleção Brasil em Cena 2012 do CCBB, premiado com o Heleny Guariba em 2011 e finalista do Prêmio Luso-Brasileiro de dramaturgia do Instituto Camões, em 2010. Com A Má Companhia Provoca e direção de Ramiro Silveira.
“É uma obra toda emblemática. Cada frase te recoloca, te faz repensar sobre as atitudes.”
Georgette Fadel, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
A diretora esteve em cartaz com a peça Fausto em novembro, no Sesc Pompeia, com codireção de Claudia Schapira