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Por: JORGE LEÃO TEIXEIRA
Cara de pau
Uma americana dada a furtar lojas saiu de um estabelecimento comercial no estado de Michigan com seis sacos de roupas, é claro, sem passar pelo caixa. Caminhou sem ser molestada por vários metros até notar que havia sido descoberta. Saiu em desembalada carreira, agora com a polícia em seu encalço, desesperada para achar um meio que permitisse uma fuga segura. Viu à sua frente uma cadeira de rodas motorizada sem ninguém por perto. Ficou fácil, então, cometer outro furto: pulou sobre o veículo e se mandou a toda velocidade, mas foi pega dois quilômetros adiante. A amiga do alheio disse para os policiais que pegara a cadeira apenas para dar uma voltinha e que as roupas ela comprara, sim, só que não tinha como provar. Acusada de crimes semelhantes cometidos em outras oportunidades, a mulher pagou fiança e vai responder em liberdade.
Hermano sapeca
Normalmente as pessoas descobrem que estão sendo traídas pelo flagrante da infidelidade, por denúncia anônima ou deslize da parte desleal. Semanas atrás uma viúva argentina ficou sabendo que o marido “pulava a cerca” de modo inusitado. Assim que ele faleceu, ela colocou um anúncio num jornal de sua região para dizer que a esposa e os dois filhos se despediam dele com dor. Mas uma segunda pessoa fez o mesmo, a amante do morto, de quem a esposa nunca ouvira falar. Em anúncio publicado logo abaixo da mensagem da família legalmente constituída, ela se dizia agradecida por cinco anos de intensa felicidade. E grifou, em seguida, seu nome com todas as letras.
O argentino perdeu a vida, mas ganhou após a morte o direito de não ter de enfrentar na justiça uma ação de divórcio. Também não precisou se preocupar com as naturais brigas e muito menos com os altos custos de pensão alimentícia.
Barulho inconsequente
Uma sirene, estridente, assusta, mas daí a causar a morte de alguém vai uma longa distância. Por mais improvável que seja, contudo, o infausto acontecimento se deu na Inglaterra, quando um bombeiro imprudente, transitando por uma estrada da zona rural, acionou aquele instrumento de som com o propósito de abrir caminho entre as vacas que ocupavam a via pública. No meio delas, todavia, caminhava o fazendeiro proprietário do gado. Ele, na realidade, não se assustou com o barulho da sirene, mas as vacas sim. Como resultado do ato inconsequente, os animais, endoidecidos, saíram em louca disparada; o fazendeiro, pisoteado, passou desta para uma melhor, e o bombeiro, incrédulo diante do ocorrido, terá de se entender com a justiça.
Endiabrada
A menina, de 10 anos de idade, no interior paulista, não levava desaforo para casa. Um dia, por causa de um desentendimento com uma colega de classe no retorno da escola para casa, se atritou fisicamente com ela. Um austríaco de barba comprida, dono da relojoaria em cuja calçada a desavença aconteceu, tratou logo de comunicar o ocorrido ao pai da aluna briguenta, um comerciante conhecido da cidade. Assim que chegou em casa a pequena levou uma surra.
A história podia terminar assim, mas foi além. “Vou me vingar”, diz a então estudante do curso primário. No dia seguinte, ela se apropriou de uma tesoura afiada com o propósito de tosar a barba do delator. Na volta da escola para casa, viu que ele, sentado em um banquinho defronte ao seu estabelecimento comercial, lia um jornal que, aberto, escondia parte de seu rosto. A pirralha se aproximou de mansinho, levantou lentamente a folha do informativo para aumentar a visão e puft!, cortou num único lance os longos pelos do rosto do pobre homem, logo abaixo do queixo, privando-o de uma companheira que o acompanhava há décadas. “Faria tudo de novo se preciso fosse”, diz ela, sem atinar para o fato de que o velho barbado se foi há muito tempo e ela, hoje, tem 90 anos.
Sogras x noras
Parece mentira, mas é verdade. Na Itália a Justiça anulou um casamento porque o marido nutria, segundo queixa da mulher, laços de dependência extrema com a mãe dele, situação que estaria gerando problemas de ordem sexual e de afeto com a cara-metade prejudicada. Não, não se trata de um caso isolado. Advogados italianos dizem que 30% dos divórcios no país da pizza acontecem por causa da insistente intromissão da sogra. Parece que lá elas ainda não se deram conta de que em assunto de marido e mulher não se mete a colher.