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Arte que transborda
A arte apresenta caminhos diversos, criativos e improváveis de levar, para o campo do simbólico, histórias, conquistas, dores e dissabores, construindo uma narrativa própria que se guia pelos sentidos, mais do que pela razão. Pela arte, nos vemos e nos reconhecemos, nos identificamos e viabilizamos o pertencimento. A arte é parte, portanto, daquilo que nos constitui como seres humanos e nos ajuda a realizar o percurso do próprio caminhar. É por essa razão que a arte brota em todos os cantos e lugares, de todas as fontes, somando repertórios diversos, sendo igualmente pulsante do centro às periferias.
Reportagem desta edição da Revista E mostra algumas dessas iniciativas de produção cultural surgidas fora do eixo central e financeiro de São Paulo, nos extremos norte, sul, leste e oeste da cidade, e também no centro. Tratam-se de produções independentes que trazem, em comum, o foco no protagonismo de seus realizadores e na gestão colaborativa.
A trajetória de Cartola, artista saído dos morros cariocas, também é lembrada neste mês, no Perfil. Em Entrevista, um dos pioneiros da internet no Brasil, Demi Getschko, reflete sobre a sociedade conectada. E, no Inéditos, poemas de Mailson Furtado Viana, vencedor do Prêmio Jabuti de 2018, na categoria Poesia e Livro do Ano. Bom ano e boa leitura!
Danilo Santos de Miranda
Diretor do Sesc São Paulo