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Martin Scorsese: cineasta e cinéfilo
Martin Scorsese é um cineasta nascido nos Estados Unidos, em uma família de descendentes de italianos. Mas, além de cineasta, Scorsese foi desde criança um apaixonado pelo cinema. Como não podia, na infância, praticar atividades físicas devido a problemas respiratórios, encontrou nas salas da cidade de Nova York um reduto que frequentava com a família (os pais e o irmão mais velho).
O curioso é que nem só de grandes clássicos se faz a lista de favoritos do diretor. Se italianos como Roberto Rossellini e Federico Fellini são apontados por Scorsese em entrevistas como referências para sua obra, os ditos “filmes B” disputam espaço lado-a-lado com os cânones da sétima arte. Por essa paixão ao cinema – em todas as suas versões – é que Scorsese não é apenas um defensor da memória cinematográfica mas também um cineasta bastante inventivo.
A mostra em sua homenagem que chega à sala do CineSesc em 14 de fevereiro e fica uma semana em cartaz comprova a multiplicidade de sua forma de contar histórias. De Caminhos perigosos, produzido em 1973, a Os Infiltrados de 2006, passando pela sessão de A invenção de Hugo Cabret no CineClubinho, cinco décadas da produção de Scorsese serão apresentadas ao público. Entre quinta e quarta-feira, todas as sessões serão com filmes do diretor. Além disso, o aquecimento fica por conta do curso Martin Scorsese: O Lobo de Hollywood, ministrado por Robledo Milani, que começa no próximo dia 11 de fevereiro.
Dando seus primeiros passos cinematográficos lá pelos anos 1970, Scorsese esteve rodeado de jovens diretores que reinventaram o cinema nos Estados Unidos, como Brian De Palma, Francis Ford Coppola, George Lucas e Steven Spielberg. Cineastas que viraram referencia para tantos outros diretores que começaram a produzir seus filmes mais tarde e para uma legião de adoradores do cinema em diferentes partes do mundo.