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Cultura na estrada

Vários ônibus levam uma trupe itinerante a Santa Fé do Sul, Franca, Lins, Registro, Guaratinguetá, Marília, Itapetininga, Botucatu, Caraguatatuba, entre outras cidades do estado de São Paulo, para apresentações de modalidades artísticas variadas. No formato de caravana circense, o Circuito Sesc de Artes promove peças, shows, saraus, performances, exposições de artes visuais, espetáculos de dança, circo e artemídia em 88 cidades, de 17 de abril a 6 de maio.

Shows de Mariana Aydar, Arnaldo Antunes e Edgar Scandurra, Ceumar e Lirinha, os espetáculos Parada de Rua, do Grupo Lume, e O Doente Imaginário, da Companhia do Miolo, além do show Tango Malambo, do circo argentino Cambalache, estão entre os destaques da edição de 2012.

“Todos os dias, as atividades são encerradas com um show que retoma a ideia do coreto, do baile”, afirma o assistente da Gerência de Ação Cultural (Geac) do Sesc e coordenador do Circuito Sesc de Artes 2012, Henrique Rubin. Segundo Rubin, como os eventos são apresentados, em sua maioria, em praças e espaços ao ar livre, a programação prioriza formas artísticas que possam ser adaptadas a locais alternativos, como o teatro de rua, a dança, os espetáculos circenses e musicais.

A iniciativa nasceu com o objetivo de levar os destaques da programação do Sesc às unidades do interior e também às ?cidades do entorno das unidades. O primeiro formato da iniciativa surgiu em 1998, com o projeto Lorca na Rua, composto de três comboios que saíram da Praça da Sé rumo a 75 cidades do estado de São Paulo. A expedição, que percorreu mais de seis mil quilômetros, homenageou o centenário do escritor e poeta espanhol Federico Garcia Lorca com apresentações de peças baseadas nas obras e na figura do poeta.

Em 2007, o circuito adquiriu suas atuais características com uma programação própria e independente. Segundo Rubin, o objetivo é mostrar a arte como parte do cotidiano, interferindo na rotina ou no caminho diário das pessoas pelas ruas e espaços comuns. “Procuramos criar um ambiente festivo, acolhedor e participativo que consiga incluir pessoas de todas as idades e perfis e entendemos que a praça tem esse caráter democrático”, diz.

A programação é dividida em sete roteiros apresentados simultaneamente, e cada unidade é responsável por atender de quatro a seis cidades. “O Circuito acontece prioritariamente nas cidades do estado onde o Sesc não tem unidades estabelecidas”, diz Rubin. “A ideia é possibilitar o acesso à cultura e a circulação de trabalhos com qualidade artística.”


“Procuramos criar um ambiente festivo, acolhedor e participativo que consiga incluir pessoas de todas as idades e perfis e entendemos que a praça tem esse caráter democrático”

Henrique Rubin, assistente da Gerência de Ação Cultural do Sesc e coordenador do Circuito

Rock cabeça

Quando foi lançado, em 1986, o disco Cabeça Dinossauro consolidou a banda paulistana Titãs como uma das mais importantes do rock brasileiro. Músicas como Polícia e Bichos Escrotos, agressivas tanto nas letras quanto no som, serviram de trilha sonora para punks e troianos na metade da chamada década perdida. Vinte e seis anos depois, o projeto Álbum, do Sesc Belenzinho, trouxe – nos dias 8, 9, 10, 14, 15, 16 e 17 de março – a atual formação do grupo apresentando ao vivo todas as faixas do clássico.

Visita ao Centro de Férias Bertioga

O diretor da Faculdade de Turismo da Universidade de Surrey (Inglaterra) e doutor em turismo sustentável Mr. Graham Miller e a professora e especialista em turismo social Dra. Lynn Minnaert visitaram, em 12 de março, o Centro de Férias Sesc Bertioga. O interesse de ambos foi entender como o Sesc SP alia conceitos de turismo social à prática de atividades tanto de turismo emissivo como de hospedagem. A Universidade de Surrey possui convênio de cooperação com a Universidade de São Paulo (USP) no campo da formação e pesquisa em turismo.

Mostra de teatro

Na ativa desde 1997, a Cia. Paideia de Teatro interpreta as artes cênicas como ação transformadora do indivíduo e de sua realidade. Os frequentadores do Sesc Santo Amaro puderam conferir esse conceito na prática durante uma mostra de repertório do grupo, realizada, em março, na unidade. No dia 3, foi apresentada a peça O Coração de um Boxeador e, no dia 10, o espetáculo foi Dream Team. Ambas com texto do dramaturgo alemão Lutz Hübner.

O nosso Cisne Negro

O Sesc Santana apresentou, nos dias 10 e 11 de março, espetáculo com a Cia. Cisne Negro composto das coreografias Além da Pele (1999) e Calunga (2011). A primeira, criada pelo coreógrafo francês Patrick Delcroix especialmente para a Cisne Negro, trabalha com a ideia de que podemos ser o que quisermos além de nós mesmos; já a segunda é o resultado de um mergulho histórico e estético nas tradições populares do Brasil, e tem como fonte inspiradora a peça musical Maracatu de Chico-Rei (1933), de Francisco Mignone (1897-1986).

A música do corpo

O show Indivíduo Corpo Coletivo, do grupo Barbatuque, apresentado no Sesc Pompeia nos dias 3 e 4 de março, parte do princípio de que todos nós temos um “corpo sonoro” único e que encontra no coletivo a possibilidade de produzir melodias e harmonias. Rico em experimentalismo, o espetáculo é um musical contemporâneo de palmas, estalos, batidas no peito, sapateados e outros recursos da percussão corporal.

Nasce um palhaço

Atividade do Sesc Interlagos, no dia 4 de março, o espetáculo Mimicalado Show narra uma história verídica de um menino abandonado num circo, e que mais tarde se transforma no seu principal palhaço. A peça é da Cia. Mimicalado e tem formato de show de variedades, com malabares, mímica, manipulação de chapéu e, claro, muitas palhaçadas.

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