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Notas da Programação
Índice do Dossiê
• Exposição Augusto Boal
• Espetáculo Ubu Rei
• Semana Mundial do Brincar
• Estreia no SescTV
• Boteco da Diversidade
• Minha Muda Muda o Mundo
• Dia do desafio
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Bastidores do exílio
Exposição reúne correspondências de Augusto Boal durante os anos em que o dramaturgo viveu fora do brasil
Foto: Instituto Augusto Boal
A exposição Meus Caros Amigos – Augusto Boal – Cartas do Exílio, em cartaz até 25 de junho no Sesc Vila Mariana, reúne parte da correspondência do diretor e dramaturgo Augusto Boal (1931-2009), durante seus anos de exílio político, de 1971 a 1986.
A mostra, realizada em parceria com o Instituto Moreira Salles, também apresenta fotografias, passaportes, livros e depoimentos em vídeo de familiares, como o filho e a esposa de Boal, e amigos, como Chico Buarque e Fernanda Montenegro.
Com curadoria do poeta e professor Eucanaã Ferraz, a exposição apresenta ao público cerca de 40 cartas selecionadas entre as centenas de correspondências preservadas no acervo do Instituto Augusto Boal. Entre elas, há cartas da mãe de Boal, dona Albertina, e de colegas como Ferreira Gullar, Fernando Peixoto e Dias Gomes. Entre as correspondências que o público pode ver, há uma carta escrita por Chico Buarque, em julho de 1975, em que comenta a parceria para a música Mulheres de Atenas, e uma letra ainda não finalizada para um chorinho de Francis Hime, mais tarde batizado de Meu Caro Amigo – canção que inspirou o nome da exposição.
“A exposição é o testemunho de uma época marcada por repressão e censura, e os diversos documentos que a compõem demonstram que Boal se manteve ativo durante seus anos de exílio, por meio de interlocuções e projetos desenvolvidos com profissionais do Brasil e do exterior”, comenta a assistente técnica da Gerência de Artes Visuais e Tecnologia Juliana Okuda.
Boal aproximou-se do teatro na década de 1950, enquanto fazia pós-doutorado em engenharia química em Nova York. De volta ao Brasil, em 1956, passou a integrar o Teatro de Arena, uma das mais importantes companhias teatrais brasileiras. Após dirigir algumas peças, no início dos anos 1960 já era um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira. Em 1971, foi preso e torturado e, logo em seguida, deixou o país com a esposa, Cecilia Boal, inicialmente se instalando na Argentina, país de Cecília. Passou pelo Peru e por Portugal e, em 1978, mudou-se para Paris. Voltou definitivamente para o Brasil em 1986, e criou no Rio de Janeiro o Centro do Teatro do Oprimido, que tinha como objetivo tornar acessível a linguagem teatral. Em 2009, foi nomeado embaixador mundial do teatro pela Unesco e faleceu no mesmo ano.
“A exposição é o testemunho de uma época marcada
por repressão e censura, e os diversos documentos
que a compõem demonstram que Boal se manteve
ativo durante seus anos de exílio.”
Juliana Okuda, assistente técnica
da Gerência de Artes Visuais e Tecnologia
Mais informações no portal Sesc em São Paulo
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Humor no palco
Foto: Carlos Cabera
Em um flerte com o nonsense, o espetáculo Ubu Rei – em cartaz no Sesc Pinheiros de 18 de maio a 25 de junho – apresenta a saga do covarde Pai Ubu, que usurpa a Coroa Real e, ao lado de Mãe Ubu, se envolve nas mais diversas situações numa busca desenfreada e voraz pelo poder. Escrita em 1896 por Alfred Jarry, a peça serviu de influência para o surrealismo, o dadaísmo e o teatro do absurdo, e ressalta a potência anárquica do humor. A montagem marca os 50 anos de carreira do ator Marco Nanini e também comemora os 25 anos da Cia. Atores de Laura, dirigida por Daniel Herz.
Confira a programação no portal Sesc em São Paulo
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É hora de brincar!
Foto: César Delamonica
De 20 a 28 de maio, a Semana Mundial do Brincar leva a todas as unidades do Sesc atividades para crianças e possibilidades de reflexão sobre a importância do brincar. Realizada anualmente pelo Sesc em parceria com a Aliança pela Infância, a edição deste ano da Semana tem como tema “O brincar que encanta o tempo” e conta com uma programação de brincadeiras elaboradas por educadores, espaços convidativos para o brincar espontâneo, além de palestras, filmes e ciclo de debates.
Confira a programação da Semana Mundial do Brincar
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Estreia no SescTV
Foto: Leco de Souza
O SescTV exibe, no dia 31 de maio, às 22h, o concerto Café: o Oriente Encontra o Ocidente, do conjunto de música de câmara Pera Ensemble. O grupo interpreta um repertório de canções barrocas e turcas. A apresentação integrou o Festival Sesc de Música de Câmara e foi gravada em novembro do ano passado no Sesc Consolação. Criado em 2005 pelo músico turco Mehmet Yesilcay e amigos na Alemanha, o grupo tem integrantes dos Estados Unidos, Espanha, Itália, Turquia e Rússia – variedade que espelha um dos principais objetivos do grupo.
Confira o SescTV no portal Sesc em São Paulo
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Pela diversidade
Foto: Divulgação
No dia 6 de maio, às 20h, o Sesc Pompeia recebe mais um encontro do Boteco da Diversidade, programação que se dispõe a ampliar a visibilidade política e artística de personalidades, ações e assuntos vinculados à diversidade cultural e à defesa dos direitos humanos. Realizado desde fevereiro, os encontros abordam temáticas de gênero e sexualidade, como visibilidade trans, feminismo e masculinidade, com participação de artistas e ativistas. Em maio, serão abordadas as realidades da prostituição no Brasil.
Confira toda a programação do Boteco da Diversidade
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Lições de preservação
Foto: Divulgação
O Sesc Itaquera recebe, durante o mês de maio, programações que chamam a atenção para a preservação de espécies nativas da mata atlântica. Aos sábados, das 10h às 14h, integrando a feira agroecológica realizada na unidade com a Associação de Agricultores da Zona Leste e grupos locais, frutos da mata atlântica, como uvaia, cambuci, pinhão e palmeira juçara, são colocados em destaque em uma barraca de produtos. Aos domingos, das 14h às 15h30, ocorre a oficina Minha muda muda o mundo, em que é possível aprender técnicas de plantio e participar de um bate-papo sobre os usos das árvores nativas.
Confira a programação no portal Sesc em São Paulo
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Dia do desafio
Foto: Daniel Vorley
Em comemoração ao Dia do Desafio (31 de maio), todas as unidades do Sesc se unem em uma programação que envolve esportes tradicionais e outros, como escalada, luta greco-romana e tiro com arco.
Veja a programação completa no portal Sesc em São Paulo
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“A arte sempre foi afetada pelas situações dos artistas e suas relações com o poder. Censura ou imigração não são exceções”
Nassim Soleimanpour, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. O autor iraniano esteve com a peça Coelho Branco, Coelho Vermelho no Sesc Vila Mariana de 11 a 27 de abril.
“Minha música é a expressão de quem eu sou. Não a uso para ganhar elogios. Então não sinto essas pressões. Não penso nesses termos. Não vai ser melhor nem pior, apenas diferente. Só me preocupo em ser verdadeiro.”
Kamasi washington, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. O saxofonista californiano se apresentou nos dias 8 e 9 de abril no Sesc Pompeia.
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