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Tempo que há de vir
A acelerada expansão de alguns segmentos da atividade econômica aponta para o surgimento de novas e interessantes categorias profissionais. Como muitas dessas ocupações fogem do comum, e carreiras hoje inexistentes daqui a pouco estarão batendo às nossas portas, é certo afirmar que o mundo de amanhã será bem diferente do atual, e nossa caminhada será ditada pelos avanços nas áreas da informática, das pesquisas espaciais e das telecomunicações.
Nos próximos 10 ou 20 anos, segundo a reportagem de capa desta edição (“As Carreiras que Vão Mover o Mundo”), os classificados dos jornais estarão oferecendo vagas a advogados especializados em crimes virtuais, arquitetos espaciais, cirurgiões voltados ao revigoramento da memória, fabricantes de partes do corpo humano, fiscais das mudanças climáticas, gestores de resíduos ou lixólogos, manipuladores de resíduos de dados de computador, nanomédicos, consultores de bem-estar na velhice, organizadores de desordem virtual e peritos forenses digitais. A reportagem utilizou, entre outras fontes, estudos feitos na Europa em 2010, fazendo um breve apanhado das novas carreiras que vêm por aí.
É a evolução dos tempos, movimento progressivo que azeita as engrenagens e empurra a vida para a frente. Na realidade, avançar ou passar por transformações é um acontecimento que marca presença em basicamente todas as áreas e direções. Veja-se o exemplo de São Caetano do Sul, o C do ABCD paulista, região apinhada de indústrias e a casa de grandes montadoras de veículos. Retratado na seção “Cidades”, o município detém, há quase duas décadas, o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, título confirmado no último mês de julho pelo “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Esse caminhar com os olhos no futuro pode ser conferido, ainda, em outras três matérias. A primeira delas (“Pesquisa com um Padrão Mundial”) conta a história do centenário Instituto Butantan, em São Paulo, que já responde por 93% da produção brasileira de soros e vacinas. A segunda (“A Aparência é Fundamental”) versa sobre a rápida expansão em território nacional dos salões de beleza. E a terceira (“Empresas Enxutas e Promissoras”) fala do alentado mercado das startups, empresas de base tecnológica e com elementos de inovação que ganham cada vez mais espaço no Brasil e no exterior.
Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac