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Ilustração: Leandro Shesko
Ilustração: Leandro Shesko

Por: JORGE LEÃO TEIXEIRA

Vingança canina

Um cidadão de Chongqing, na China, aprendeu, a contragosto, uma amarga lição: jamais desafie um cão desconhecido. Ele bem que podia ter dado uma buzinada, mas preferiu descer do carro e dar um chute no traseiro do cachorro que, sonolento, ocupava sua vaga no estacionamento. Depois, fechou o auto e tomou seu rumo.
O que aconteceu nos minutos seguintes não teria nenhuma credibilidade junto ao dono do automóvel, caso um vizinho não tivesse tomado o cuidado de fotografar. O cachorro vingativo retornou à cena do chute acompanhado de outros cães com cara de poucos amigos. Juntos se lançaram raivosos sobre o veículo, arrancando os limpadores de para-brisas e danificando os para-lamas com portentosas mordidas.

Turismo diferente

Uma pequena comunidade da Hungria passava por sérios apuros financeiros e os poucos moradores não tinham como ajudar a municipalidade a enfrentar o caos econômico. Decidido a evitar um mal maior, o prefeito teve um pensamento no mínimo esdrúxulo, mas que acabou se revelando promissor: de comum acordo com a população, ele colocou para alugar toda a cidade (casas, pontos de ônibus e áreas na zona rural), um plano que, se desse certo renderia tributos políticos ao alcaide e tiraria aquele centro urbano do buraco.
A despeito de todos os prognósticos em contrário, o inusitado projeto deu certo. Graças às redes sociais, de uma hora para a outra, a cidade foi invadida por turistas da África do Sul, Austrália, Estados Unidos e Suécia, que deixaram muitos dólares ali e estimularam os anfitriões húngaros a continuar investindo na fantástica ideia.

Idade avançada

Charles, um crocodilo bonachão que habita um centro de conservação na África do Sul, foi motivo, semanas atrás, de efusivas saudações pelo passamento de seu aniversário. Todos queriam cumprimentar o réptil de 500 quilos: afinal, ele estava completando 114 anos, uma idade jamais alcançada por outro animal de sua espécie. Charles vive com seis fêmeas, tendo ajudado a gerar, até o momento, sete mil crocodilos.

Ladrão arrependido

Foi um choque: o apartamento estava desarrumado e vários objetos haviam sumido, entre eles câmaras profissionais, lentes, flashes e iPad, tudo avaliado em R$ 20 mil. A moradora do imóvel, fotógrafa de profissão em João Pessoa, capital da Paraíba, disse que ficou estarrecida com o furto, um comportamento natural nessas circunstâncias, mas ao mesmo tempo surpresa com o desfecho pouco comum para aquele tipo de crime. Depois que a polícia foi avisada e o iPad rastreado, providências que certamente levariam à prisão do infrator, a vítima recebeu de volta tudo o que levaram junto com um bilhete de pedido de desculpas. Nas mal traçadas linhas, assinadas por um tal Carlos, sobressaíam frases do tipo “perdoi por ter lhe tirado o que a senhora comprou com o seu suor” (sic). E “não quero destruir a minha família por causa das coisas dos outros”. Foi a vizinha quem deu a boa notícia à fotógrafa. Ela disse que um motoqueiro deixara uma sacola junto à entrada do edifício; dentro, estavam os objetos furtados e a “comovente” carta.

Convivência pacífica

Décadas atrás, no interior de São Paulo, dois times disputavam o campeonato varzeano com a mesma garra e disposição das grandes agremiações da capital. Um se chamava Palmeirinha e o outro, Corintinha, equipes que sobreviviam com a ajuda financeira dos próprios jogadores, na verdade pessoas comuns que durante a semana se ocupavam com outras atividades. O curioso nessa história é que o técnico voluntário do Palmeirinha era um corintiano roxo e o do Corintinha, um torcedor fanático do Palmeiras. E nunca brigaram.