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O projeto espacial brasileiro
As pesquisas tiveram início em 1960, e a ideia era tornar o país capaz de colocar em órbita satélites brasileiros, içados por foguetes construídos localmente e utilizando bases de lançamento fincadas em território nacional. Em 1980, essa meta ganhou força com a criação da Missão Espacial Completa Brasileira, que está na origem do Programa Nacional de Atividades Espaciais. De concreto, passados 35 anos, estamos atrasados com o desenvolvimento dos veículos lançadores, mas caminhamos nas duas outras áreas: o Brasil dispõe de dois centros de lançamento e três artefatos no espaço, além de um nanossatélite. E tem a parceria firmada com os chineses para o desenvolvimento conjunto dos Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres, ou, simplesmente CBERS. O plano é facilitar a vida aqui embaixo com a coleta de dados, imagens e mapeamentos impossíveis de serem obtidos de outra maneira e que são tão essenciais para a tomada de decisões nos campos da agricultura, do meio ambiente e da urbanização. Até agora, foram construídas cinco unidades da série CBERS, duas delas em operação, uma história de desafios que acabou sendo transportada para as páginas da revista Problemas Brasileiros através da reportagem de capa.
É sabido que relatos da investida humana nas alturas costumam despertar enorme interesse; todavia, outros temas abordados na presente edição reúnem força suficiente para motivar a curiosidade dos leitores. Por exemplo, a magia da tradicional Rua 25 de Março, no centro velho da capital paulista (“Sem Fascínio, mas Inigualável”), via pública com 150 anos que se transformou num polo comercial sem precedentes, atraindo compradores de todo o país e nações vizinhas. O comércio naquela parte da cidade – na 25 e adjacências funcionam mais de 3 mil pontos de venda – é tão fervilhante que a região chega a receber, diariamente, 400 mil consumidores, número que é multiplicado por três nas datas consideradas especiais.
Problemas Brasileiros traz, também, uma reportagem sobre a passagem dos 50 anos da carreira profissional de duas estrelas de primeira grandeza do mundo artístico brasileiro, os baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil (“Meu Caminho pelo Mundo...”). Cantores e compositores com projeção internacional, os dois, com 73 anos de idade, festejaram o acontecimento com uma turnê pela Europa e shows no Brasil. Ainda no campo musical a revista conta a história de Orlando Silva (“Do Sucesso à Decadência”), que estaria fazendo 100 anos se ainda estivesse entre nós. Segundo alguns críticos, o “Cantor das Multidões”, como se referiam a ele, “não tinha páreo para sua voz”.
Boa leitura!
Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac